sábado, 20 de junho de 2009

Deixa eu falar desta vez...

Sábado de noite, tinha uma coisa tentando rasgar a minha pela,
Eu perdi o meu sentido...
Eu joguei minha sorte e perdi
O mar está cheio das minhas bugigangas.

Sábado de noite.
Reclusão total,
Eu sinto o corpo decompor
Os olhos foram os primeiros, só há vazio

Nem terapia regular de Stooges anima o moribundo.
Eu to com medo de ter deixado de ser menino tolo.
Eu queria resolver tudo de novo como sempre resolvi
Fugindo, fingindo e sorrindo.

Eu descobri que sou dois, por isso não há lugar pra mais um.
A equação era tão simples e auto-explicativa que não carece maiores dizeres.
Estou voltando para as extremidades,
A passos largos,
Usando vícios como pedidos de desculpas.
Fingindo que sei desaparecer quando nada vai mudar o cansativo sentido horário das coisas...

É sábado, é noite e ninguém deu horário para as crianças voltarem pra casa.
Passaram perfume,
Passaram esperança,
Não viram a previsão do tempo,
Pra que se proteger?

Se eu tivesse me perguntado isso quando tive chance não estaria sangrando, por migalhas de lembranças que restaram da guerra que existe na
minha mente.