quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E se deixasse o álcool e as teorias?

Estou a um passo de deixar tudo na lembrança.
O que antes era necessário agora parece distração.
Ser certo cansa, e eu costumava dizer que era tudo muito difícil
Mas hoje me sinto a própria apatia.
Um avesso de terno e gravata, um Picasso ao lado de tanta simetria
A sujeira no mais alvo horizonte imaginável.

Sou um plebeu sentado a mesa com príncipes e princesas
Falando sobre nobreza e guerras vencidas
Quando nenhum teve a garganta ferida pela a espada
Quando disputava a própria vida por ideais.

Tem gente que nasceu pra assistir os comerciais...
E sabe disso, sabe que vai sempre pisar nas marcas seguras que outros já pisaram, só pra não correr riscos.

Não nasci pra isso.
E se nasci, não vou morrer.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quando meus lábios tocam seu destino.


Se na minha vida eu fosse óbvio, eu não estaria aqui.
Se pensasse depois agisse, talvez não caísse,
Mas talvez não sentisse também.
A mulher do filme disse “A vida não é um romance” pessoas não se redescobrem, ideais não sobrevivem a realidade, nada é como queremos.
Eu te pergunto, porque?
Se quiser podemos tentar não ser óbvios.
Fecha os olhos, vamos ser intensos!
Esquece as regras, vamos ser eternos!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Deixa pra lá cansa menos e você?

Estou perdido, sem abrigo e sem paz.
Espírito velho, imundo e desgastado.
Preciso de ajuda, pois todas as tentativas foram incapazes.
Não quero desistir, mas nada funciona como funcionava antigamente.
Eu nunca tive um plano B.
Nunca estive certo e muito menos seguro.
Quem me estende os braços agora?
Quem diz entender e saber quanto tempo leva pra passar.
As pessoas estão morrendo com suas crenças e suas descrenças.
Com sua filosofia de vida...Estou morrendo também, porque prefiro solidão
do que contrário calculado, estatístico, cheio de moral e caráter infinito.
Eu vou ficar aqui, assistindo TV desligada, mas não vou parar pra entender o custo benefício entre pessoas e abismos.

sábado, 15 de agosto de 2009

Poesia de canto de boca.

Qual sabor de passado negaria a minha língua envenenada se tivesse o prazer de mastigar até descobri do que realmente era feito.
Sempre deixei a altura de teus olhos a imperfeição de minha forma física, moral e espiritual.

Mas sempre achei que estivesse também nítido que morreria por ti a qualquer instante, se fosse te poupar de alguma vã dor. Sei que isso também não foi suficiente. Sei que idealizo demais verdades que só eu vejo. Só quero que saiba que estou na penumbra do quarto, com o corpo aos pedaços, com a solidão ceifando os restos dos meus sentidos.

Não sou mais quem eu fui.
Mas minhas feridas não cicatrizam, e a vida assim me mantém preso.
Como um retrato belo de pouca semelhança.
Não sou eu, não era o que eu queria, mas me satisfaz.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verdade vazia ou deixa como está?


Ultimamente tenho assistido a muitos filmes com final feliz.
Tem um personagem principal, que tem vivido de maneira vazia, tem hábitos de alugar
filmes e contar os carros pela janela do quarto.
Ele tem essa consciência, sabe que está cada dia mais longe de alguma coisa que deseje realmente, ou chame pela pseudônima felicidade.

Esse personagem sabe que perdeu muito por viver de maneira tão monótona.
Mas não teve ninguém que conseguisse convencê-lo de que mudar de vida poderia ser a maneira de mudar as coisas, e nem por forças próprias ele conseguiria.

Quando o filme muda de direção levando a atenção do espectador.

Por qualquer motivo ele muda seus hábitos, passa a ser visto de maneira diferente por todos (de maneira melhor), reconquista tudo o que perdeu ao longo dos anos, ou pelo menos reconquista tudo o que quis reconquistar.

Todas as suas teorias de como “viver a vida” não existem mais.
Sem barreiras, sem estigmas, sem hesitar quando existir uma oportunidade de conseguir qualquer coisa.

Ai você olha pra você mesmo, vê algo de que com certeza estaria disposto a mudar, se acreditasse em final feliz. Se não soubesse que o erro não está na suas práticas, mas sim no perdedor que as tem praticado.
Eu queria um beijo no final, queria poder fechar os olhos, viver o momento, me entregar o máximo possível, aceitar que eu estava errado, que o amor existe, que não tem prazo de validade que me aceita e que eu ainda sim o aceito sem pensar nas futuras conseqüências disso.

Gostaria que minhas teorias fossem todas falidas,
Assim eu saberia o que buscar,

Gostaria de não ter a certeza, que as pessoas sempre agem da maneira mais confortável possível, que elas sempre pensam estatisticamente, pensam nas probabilidades, pra daí se decidirem.
Eu queria isso pra mim.
Queria não deixar a minha alma se sobrepor ao meu cérebro.
Queria a razão, por que a emoção já me espancou de mais.

Queria não achar que existe uma fonte pra curar as dores, que ela tem nome, ou tem rodas, ou paga bem.

Não tem nada no meu passado, não tem nada no meu presente,
Que vai resistir ao meu futuro...

Eu sei que abraços nunca curaram o eco das batidas do meu coração...
Eu sei que possuir, conquistar, tomar pra mim nunca me mantiveram por muito tempo...
E eu só não sei por que às vezes acredito que vai ser diferente.

Eu tomaria mil vezes a pílula azul...
Se ela fizesse efeito a esses olhos incrédulos, ou esse paladar apurado que sente o mesmo sabor em qualquer degustação.

Eu não quero um céu pintado na tampa por dentro do meu caixão.
Se ele não existir, deixa assim, cor pálida de madeira velha, cheiro de terra, silencio, vazio, como sempre foi.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Todo dia é terça-feira.

Olhei pro mundo que eu vivo,
Pra cada canto facilmente ignorado
É quase certo que tomei as decisões erradas

Tomei algumas curvas quando garoto que me fizeram ficar distante
Enquanto as crianças planejavam a “teoria da felicidade”.
Eu sei que é tudo falso, sei que todos eles tomaram a pílula azul
Pra se convenceram de que amor não é como a moral, apenas uma regra

A realidade é fria, a comida é ruim, as pessoas mentem,
E a televisão é só um velho manipulando os fios atrelados aos seus membros.

Eu queria convidar o mundo a atear fogo na comodidade de ser integrante
De fazer parte, de gostar do óbvio e se importar com o interessante.
Mas estou soterrado por descaso...
Estou afundado em fraqueza
E ainda por cima hoje é terça-feira.
E todos os dias desistidos tem sido terça-feira.
Todo dia é terça-feira.