quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Eu deixo minha promissora carreira nas narinas do destino.

Há um abismo profundo beirando o infinito entre o que é preciso ser feito e o que se gosta de fazer.
As vezes eu recebo alguns elogios no meu trabalho, as vezes me sinto importante por certas coisas que faço, as vezes tenho folga, sou bem tratado e normalmente essas coisas me fazem bem.
Mas sempre que durmo com o livro aberto (e percebo que li apenas duas páginas), sempre que não consigo assistir um filme que passa às 22hs ou quando estou na empresa e vejo o sol das 9 hs da manhã pela janela fechada pra funcionar o ar condicionado... Tudo acaba...e não vale nada...

E quero ser pago com prazer... como quando você assiste um filme com a namorada num dia frio e nublado, como quando se faz um show em que as pessoas sentem prazer apenas com riffs de guitarra, eu quero o prazer de ar de verdade...
O prazer da paz que as contas do mês não permite...que a falta de saúde não permite, que os telejornais não permitem...

O prazer de escrever sem minimizar uma tela de Word pra que ninguém no trabalho veja...


"Do you wanna make tea at BBC?"
THE CLASH!!!!!