segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A hora da valsa.

Eu não caibo na fantasia, mas tenho que dançar no baile...
Eu me machuco todo, mas danço a noite toda como se não tivesse estancando o sangue abafando as feridas com o tecido.
Os meus movimentos são limitados.
Quando o baile acaba, finalmente, é hora de sangra em paz, hora de se amarrar ao pé da cama e convulsionar madrugada adentro, como se fosse um pouco lobo, como se fosse lua cheia...
É impossível estar nu e se sentir incluso, é impossível ser feliz vestido.