sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sexta-feira eu não sou o amor.

Você passa anos tentando ascender faíscas, mas as pedras se desgastam com o tempo, as minhas mãos doem e os dedos perderam os movimentos. Eu encho meu coração de esperança, como as palmas das mãos de água, e ambos se vão por pequenos espaços, mais rápido do que um sorriso possa encantar. Estamos todos enraizados, perto o suficiente para darmos as mãos, sentirmos o nosso próprio calor, podemos nos beijar e sentir nossas almas dançarem... mas ainda sim, estamos presos, cada vez mais fundo, cada um vai conhecendo seu lugar, e ai convenientemente cada em se abraça ao que tiver mais perto de si, por medo, por não temos forças pra caminhar na direção do intangível objetivo, e pela certeza de que mesmo num lugar tão cheio, há um lugar só seu. Não há lugar como o lar, principalmente pra quem nunca viu nada além do próprio lar.