quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Nós somos os verdadeiros vencedores.




Ano estranho, de incontáveis mudanças.
Pra um derrotado conformado, até que o caixão teve problemas pra deter o defunto que tanto se debateu.
Aos poucos, a passos que posso dar, eu chego lá.
Nem que lá seja apenas o bar da esquina.

Eu até cogitei a possibilidade de me moldar ao modelo de vencedor das mães das moças de família.
Besteira.
Tem gente que nasce pra andar na calçada, comportada e saudável.
Outros bóiam na sarjeta, e seguem rumo às fossas sem próxima parada.

Eu já deixei demais as pessoas dizerem o que eu sou e o que eu não sou, o que eu posso e o que eu não posso... pessoas que não sabem nem mesmo quem elas são.
E elas vão continuar falando sobre vencedores e perdedores, vão entrar na fila imensa da imbecilidade regada a estupidez religiosa doença milenar que devora os filhos de uma época falida de criatividade.

A vida tem me sido extremamente generosa, e eu estou extremamente disposto a aproveitar tudo de melhor, independente do preço, eu quero mais conseqüências do que nunca tive, mais hematomas, mais sonhos, não sonhos de ser perfeito, sonhos de ser a imprecisão mais deliciosa desse mundo de simetria redundante.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A parábola da ceia dos hipócritas.

Vocês vão fazer suas festas, provavelmente da mesma maneira como festejaram o ano inteiro, farão promessas e alimentarão a chama dos sonhos.
Vão se perguntar se as decisões foram acertadas, o que precisa ser mudado? Isso será perguntado muitas vezes durante as conversas familiares sem sentido.

Eu odeio o modo off como vocês vivem!
Como podem se sentar a mesa com tanta gente morta e desejar-lhes felicidades mil, quando vocês não estão nem ai?
Eu quero ser crucificado de cabeça para baixo sobre a mesa da ceia de natal.
Eu quero sangrar no peru e ver todos vocês mastigarem enquanto o lodo vinho lhes escorre dos lábios aos pescoços.

Esse é o meu sangue!
Sujo, doente e pútrido.
Esse é o meu sangue!
Aidético, alcoólatra e derivado do ópio.

Esse é o nosso sangue!
Por mais que você tente negar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Isolamento

Como dizer isso?
Junta isso, com aquilo e todo resto...
Até feijão que eu planto no algodão apodrece...

Ele pensou em suicídio.
Mas parou um pouco pra estudar para a prova de recuperação.
Que merda!
Essa é a pior sensação entre as sensações que podem ser descritas.
É mentir pra você mesmo, é dizer amor, vitória, compaixão ou suicídio, quando na verdade é medo de todos eles. Na mesma ordem... Medo de jamais ter amado, medo de jamais ter vencido, medo de seguir um fluxo natural social de sentir algo perante a dor de alguém e não realmente sentir a mesma dor em você.
É cada segundo não querer a vida, mas ter um medo mortal de morrer.

Eu estava farto de pedir desculpas.
Agora estou farto de errar.
Olho todos os dias para o lado e não vejo uma porta de saída, não vejo nada, só um monte de gente sem esperança, que não suporta mais me ouvir lamentar meus atos pensados.

Ninguém acredita na sinceridade de um mentiroso...

Eu preciso me curar pra voltar a adoecer.
É a única coisa que consigo pensar
E a única que consigo querer.

“Mother i tried believe me”
Mãe me acredite tenho tentado.
Tenho feito o melhor que posso.
Mas o mesmo tem sido tão falho quanto.

domingo, 29 de novembro de 2009

Faz um pedido.

Como pode ainda me oprimir o peito como papel que amassa?
Me empresta a frese Baudelaire, eu não saberia explicar melhor...
É tão covarde essas esperanças que nascem no canto do quintal, elas sempre estão lá, me mantendo e eu mal percebo que tenho desperdiçado meus dias...
Um a um, na tentativa vil de um amor retalhado.

Queria poder ter te conhecido quando era uma criança.
E sem vaidade eu seria perfeito, eu te chamaria pra sair e não me sentiria um imbecil, e não sentiria que sou ridicularizado por todos de todos os lados.
Sei que é impossível acreditar em minhas palavras, mas fecha os olhos, esquece por um instante que sou eu, aquele que não é aceito por todos que te cercam, esquece que sou estatisticamente falível, extremamente impreciso, e principalmente esquece que lhe fiz por tantas vezes chorar.

Só deixa esse beijo te provar que meus lábios são incapazes de mentir aos teus, e somente aos teus, porque procurei sem saber o que, vivi sem saber pra que e não venci nada porque eu só me recusei... E não há nada lá fora, não há nada quando eu escapo entre seus braços.
E só neste infinito espaço me desfaço, como estrela cadente que corta o céu e desaparece, meu presente, pra te ver feliz e fazer um pedido, de que seja eterno o momento de mãos dadas com alguém.

sábado, 21 de novembro de 2009

Texto grande e mais do mesmo.

Quer chamar de amor?
Sei lá, não me engano mais.
Não é Deus, não é amor, não é nada...
É só ciclo, sentidos moribundos e reprimidos.
Que gosto tem meu amigo?
Eu já vi tantos encher os olhos de areia e andar nas ruas caçando decepção.
Chame o tal de esperança...
Os corações partidos, os orgulhos inflamados.
Quando eu paro, eu não sinto nada sobre isso.
Jamais senti falta de um amor que estive na minha mente vestida.
Com roupa tanto faz, eu amo todas e não amo ninguém.
Quer perfeição?
Vá assistir Crepúsculo!
Acredite, se me pedir pra morder eu to mordendo, e sem assopro depois.
Eu não ganhei um SMS, estava bêbado e tinha gastado dinheiro com prostitutas...
É ruim? Impróprio? Contra a idéia de moral? Fútil?
Mas ninguém me obriga a passar maquiagem, a falar correto e mentir sobre minha Idea de políticas sociais.
"Não vó, eu prefiro que sacrifiquem todos os segundo filho de pessoas que não podem sustentar-los."
"E as pessoas também".
Você quer a verdade?
Eu não faço questão dessa droga toda.
E não vou sair por ai como um fantoche pra gente escrota que espera que você seja o "príncipe para a princesa de porcelana".
Põe no quarto escuro e a princesa ta pedindo coisas que até as meninas da augusta se sentiriam envergonhadas.
No fundo, é tudo cena.
Tudo acaba no crepúsculo, na malhação, tocando Cine ou Paramore no final.
No mundo que eu moro eu não tenho super força, não sou lindo do tipo irresistível, não sou romântico, não estou sóbrio e nem penso
em ficar qualquer um dos citados.
E quer saber?! Nenhuma das princesas de porcelana também.
Agora me diz... O que realmente vale a pena?
Pelo que eu devo lutar?
Se o que era bom parece não funcionar mais.
Eu não me arrependo de nada de errado que fiz, muito pelo contrário.
Me arrependo das vezes que eu estiquei os braços pra quem não me vê rastejar por esse chão imundo, pedindo perdão
por coisas que jamais saíram de minhas mãos.
O círculo está se fechando...
Estão todos prontos para pular antes que isso aconteça.
E como sempre eu tenho a certeza de que vou sobrar, vou ficar aqui, sem saída, e provavelmente arrependido por não pensar
como todos que estão sempre um ou dois passos a frente.
Estar à frente.
Difícil imaginar pra quem só vê rabeira e fumaça.
Mas eu tento imaginar ao menos.

domingo, 15 de novembro de 2009

"Alguma coisa agente tem que amar."

Eu sinto como se me fechasse por dentro.
Frase emprestada, de gênio suicida que sentia demais pra dizer tal coisa.
Olha pra mim! Sua pena já me basta!
Meu orgulho ficou quando eu desisti dos meus sonhos pra esperar a morte.
Lento, frio, sem cor e desistente.

Ela só tinha razão.
Cara...Eu sou um monte de lixo.
Nada justifica essa existência...
Eu nem sei como ela suportou tanto.
Poxa, eu era uma criança tão legal...
E não sobrou nada.
Nada.

Eu queria voltar...
Não proclamar ao mundo que os meus heróis morreram de overdose.
E que no fundo eram meus heróis porque eu sempre esperei o mesmo pra mim.
Mas nem isso aconteceu.
Nada tem acontecido.
E eu só sou mais uma voz ignorada na multidão.
Com uma vida reta e cautelosa.

Paga o cartão de crédito.
Manda uma mensagem.
Almoça e põe os óculos escuros.
Deus! Por favor! Me faça desaparecer.
Até o Cris Angel sabe fazer isso!
Eu sei que você pode fazer melhor.
Me traga de volta quando houver qualquer coisa nesse mundo que me faça feliz.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tudo passa, até as coisas boas passam.

Faz quase duas horas que eu deveria ter saído de casa para ir trabalhar.

Era um final de semana perfeito.
O famoso “cerveja, mulher e rock’n’roll”.
Pra onde quer que eu olhasse havia uma possibilidade, e acredite eram boas possibilidades.

Mais eu insisto em conquistar sem parar...
Tem coisas que essa realidade não permite.
Senti falta, falta da simplicidade da falta de vaidade...
Que gosto tem essa merda?
Pastel de vento?
Morde a massa sem recheio.
Não sei se isso tem graça.
“Acabei aqui, vencedor mais derrotado”.

Desde a minha adolescência eu sentia que não tinha nascido pra esse mundo, que de certa forma
sou incompatível.
Isso é como um Audi reverso...De cem a zero em 5.7 Seg.

Eu senti uma angústia terrível hoje de manhã...
Não havia nada pra fazer.Por isso estou 3 horas atrasado para o trabalho a escrever.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cada um no seu ponto pintado no palco.

Eu ando um tanto sem tempo, viciado e blasfemador ultimamente.
Não consigo me explicar, não consigo dizer exatamente o que estou sentindo, e só consigo dizer isso pra pessoas que não me conhecem.
Aliás, quem me conhece?
A Selene faz questão de se parecer ao máximo comigo, ambos não ligam nem um pouco pra mim. E assim a vida dramática dela segue.

O que dizer da Helena?
Sinto a falta dela, mas só uns minutos antes de imaginar ela gemendo que nem uma doida e pedindo coisas das quais seria impossível um ser humano praticar.
E ela tem uma mania muito chata de me aceitar do jeito que eu sou...Gostaria de dizer algo mais convincente.

Os fantásticos...
Um salvando o mundo, outro vivendo de ilusões, o outro vivendo e realidade seca e maldita, já o outro age como se Dom Juan de Marco fosse um amador perante sua esmagadora capacidade de ser foda.
Todos eles tem o que fazer, todos tem um plano B.

Eu queria poder “querer” algo.
Eu quero acordar sábado com alguém e não querer mais nada.
Igual todo mundo.

Eu queria ser mais ouvido,
E gostaria de achar que falar vai curar minhas dores.

Mas no fundo, eu não quero absolutamente nada.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Free Light

Ponto de equilíbrio,
Onde finco raízes,
E nem Katrina pode me derrubar...
Assim como o Kurt sei que sou apenas um fraco pisciano...
Por isso preciso de cada canto de parede,
Firme e impenetrável, pra manter corpo sujo e pálido.

Não guardo mais palavras como recuar, recusar ou reviver.
Não temo nada que me faça recuar...
Não recuso nada que tenha pelo menos percentual negativo de chances.
Não revivo Joãozinho e Maria por que eu sei que as migalhas de pão somem, eu vou me perder, e vou ter que ser um porquinho pra entrar em outra história mentirosa.

O Tyler disse que só quando perdemos tudo estamos prontos pra fazer qualquer coisa.
Se fosse pensar assim eu realmente nunca tive nada que me fizesse trocar a liberdade do tentar pela razão de poder perder.
Dancem bonequinhos!
Marquem suas viagens,
Comemorem seus aniversários,
Sejam contidos,
Saibam sempre como frear

Como diria os Racionais “Pela vida estou de passagem”,
E não tenho absolutamente nada pra perder.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Espaço...

Cair no esquecimento...

O vaco...

O que sobra dentro da frase de impacto

O facilmente ignorado

Prisão...

Preso Drogado...

Esquece a vida...

Augusta suja,

Vida estúpida

Colete para segurar a gravata

“Bom dia”.

(Eu quero é que morra! De DST no rabo)

Estou no vaco...

E não tem ninguém aqui pra ligar e chorar um pouco.

E já é fim de semana de novo.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

O intervalo também foi gravado via K7.




“Vem me tirar daqui, vem me fazer sorrir, vem me levar pra longe.
Que só tua paz, pode tomar minhas mãos e me tirar do escuro”.

Um dia você vence, no outro não resiste.
Um dia vale á pena, outro nem percebo.

Mulher placebo.
Minha droga idealizada.
Pra minha cura imaginária.
De longe sua presença brilha
De perto é fosco, impreciso e vil.

Eu não acho saída...
Dessa fita com papel enfiado pra gravar por cima.
Pra gravar pessoas descartáveis
Pra gravar trabalho imbecil
Pra gravar o “tanto faz” até corroer todo o filme.
Pra gravar medo, incerteza e um desconforto inexplicável.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu perdi totalmente o controle.

Eu paguei pra ver, na verdade paguei pra ver pra pagar mais caro agora.
Isso é Matrix, realidade fria, do que não somos e jamais seremos.
E por mais que eu tenha tentado de todas as formas não me limitar, saber que meus limites existem por experiências alheias,por mais
que o que eu mais quisesse é que minha vida fosse o OC, e tocasse The Killers enquanto um beijo doce encerrasse o capitulo.
Eu sei que minha esperança está soterrada.

“Love will tear us apart” a verdadeira questão, “como algo bom pode não funcionar mais?”
Sinceramente eu não sei.
Mas uma hora você olha pro passado como se fosse a ultima chance de mudar o presente.
Mas ele está morto, eu não sou mais um garoto, e ninguém mais é.
Estamos todos mortos.

A sensação é de despedida...
Despedida de uma tese defendida com o próprio peito.
Durante anos, sem pestanejar, até falecer seco e deprimido.

E eu me sinto equilibrando em um fio de alta tensão,
Ficar não é seguro nem conforta, cair é um alívio, mas é covarde de mais pra mim.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E se deixasse o álcool e as teorias?

Estou a um passo de deixar tudo na lembrança.
O que antes era necessário agora parece distração.
Ser certo cansa, e eu costumava dizer que era tudo muito difícil
Mas hoje me sinto a própria apatia.
Um avesso de terno e gravata, um Picasso ao lado de tanta simetria
A sujeira no mais alvo horizonte imaginável.

Sou um plebeu sentado a mesa com príncipes e princesas
Falando sobre nobreza e guerras vencidas
Quando nenhum teve a garganta ferida pela a espada
Quando disputava a própria vida por ideais.

Tem gente que nasceu pra assistir os comerciais...
E sabe disso, sabe que vai sempre pisar nas marcas seguras que outros já pisaram, só pra não correr riscos.

Não nasci pra isso.
E se nasci, não vou morrer.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quando meus lábios tocam seu destino.


Se na minha vida eu fosse óbvio, eu não estaria aqui.
Se pensasse depois agisse, talvez não caísse,
Mas talvez não sentisse também.
A mulher do filme disse “A vida não é um romance” pessoas não se redescobrem, ideais não sobrevivem a realidade, nada é como queremos.
Eu te pergunto, porque?
Se quiser podemos tentar não ser óbvios.
Fecha os olhos, vamos ser intensos!
Esquece as regras, vamos ser eternos!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Deixa pra lá cansa menos e você?

Estou perdido, sem abrigo e sem paz.
Espírito velho, imundo e desgastado.
Preciso de ajuda, pois todas as tentativas foram incapazes.
Não quero desistir, mas nada funciona como funcionava antigamente.
Eu nunca tive um plano B.
Nunca estive certo e muito menos seguro.
Quem me estende os braços agora?
Quem diz entender e saber quanto tempo leva pra passar.
As pessoas estão morrendo com suas crenças e suas descrenças.
Com sua filosofia de vida...Estou morrendo também, porque prefiro solidão
do que contrário calculado, estatístico, cheio de moral e caráter infinito.
Eu vou ficar aqui, assistindo TV desligada, mas não vou parar pra entender o custo benefício entre pessoas e abismos.

sábado, 15 de agosto de 2009

Poesia de canto de boca.

Qual sabor de passado negaria a minha língua envenenada se tivesse o prazer de mastigar até descobri do que realmente era feito.
Sempre deixei a altura de teus olhos a imperfeição de minha forma física, moral e espiritual.

Mas sempre achei que estivesse também nítido que morreria por ti a qualquer instante, se fosse te poupar de alguma vã dor. Sei que isso também não foi suficiente. Sei que idealizo demais verdades que só eu vejo. Só quero que saiba que estou na penumbra do quarto, com o corpo aos pedaços, com a solidão ceifando os restos dos meus sentidos.

Não sou mais quem eu fui.
Mas minhas feridas não cicatrizam, e a vida assim me mantém preso.
Como um retrato belo de pouca semelhança.
Não sou eu, não era o que eu queria, mas me satisfaz.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verdade vazia ou deixa como está?


Ultimamente tenho assistido a muitos filmes com final feliz.
Tem um personagem principal, que tem vivido de maneira vazia, tem hábitos de alugar
filmes e contar os carros pela janela do quarto.
Ele tem essa consciência, sabe que está cada dia mais longe de alguma coisa que deseje realmente, ou chame pela pseudônima felicidade.

Esse personagem sabe que perdeu muito por viver de maneira tão monótona.
Mas não teve ninguém que conseguisse convencê-lo de que mudar de vida poderia ser a maneira de mudar as coisas, e nem por forças próprias ele conseguiria.

Quando o filme muda de direção levando a atenção do espectador.

Por qualquer motivo ele muda seus hábitos, passa a ser visto de maneira diferente por todos (de maneira melhor), reconquista tudo o que perdeu ao longo dos anos, ou pelo menos reconquista tudo o que quis reconquistar.

Todas as suas teorias de como “viver a vida” não existem mais.
Sem barreiras, sem estigmas, sem hesitar quando existir uma oportunidade de conseguir qualquer coisa.

Ai você olha pra você mesmo, vê algo de que com certeza estaria disposto a mudar, se acreditasse em final feliz. Se não soubesse que o erro não está na suas práticas, mas sim no perdedor que as tem praticado.
Eu queria um beijo no final, queria poder fechar os olhos, viver o momento, me entregar o máximo possível, aceitar que eu estava errado, que o amor existe, que não tem prazo de validade que me aceita e que eu ainda sim o aceito sem pensar nas futuras conseqüências disso.

Gostaria que minhas teorias fossem todas falidas,
Assim eu saberia o que buscar,

Gostaria de não ter a certeza, que as pessoas sempre agem da maneira mais confortável possível, que elas sempre pensam estatisticamente, pensam nas probabilidades, pra daí se decidirem.
Eu queria isso pra mim.
Queria não deixar a minha alma se sobrepor ao meu cérebro.
Queria a razão, por que a emoção já me espancou de mais.

Queria não achar que existe uma fonte pra curar as dores, que ela tem nome, ou tem rodas, ou paga bem.

Não tem nada no meu passado, não tem nada no meu presente,
Que vai resistir ao meu futuro...

Eu sei que abraços nunca curaram o eco das batidas do meu coração...
Eu sei que possuir, conquistar, tomar pra mim nunca me mantiveram por muito tempo...
E eu só não sei por que às vezes acredito que vai ser diferente.

Eu tomaria mil vezes a pílula azul...
Se ela fizesse efeito a esses olhos incrédulos, ou esse paladar apurado que sente o mesmo sabor em qualquer degustação.

Eu não quero um céu pintado na tampa por dentro do meu caixão.
Se ele não existir, deixa assim, cor pálida de madeira velha, cheiro de terra, silencio, vazio, como sempre foi.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Todo dia é terça-feira.

Olhei pro mundo que eu vivo,
Pra cada canto facilmente ignorado
É quase certo que tomei as decisões erradas

Tomei algumas curvas quando garoto que me fizeram ficar distante
Enquanto as crianças planejavam a “teoria da felicidade”.
Eu sei que é tudo falso, sei que todos eles tomaram a pílula azul
Pra se convenceram de que amor não é como a moral, apenas uma regra

A realidade é fria, a comida é ruim, as pessoas mentem,
E a televisão é só um velho manipulando os fios atrelados aos seus membros.

Eu queria convidar o mundo a atear fogo na comodidade de ser integrante
De fazer parte, de gostar do óbvio e se importar com o interessante.
Mas estou soterrado por descaso...
Estou afundado em fraqueza
E ainda por cima hoje é terça-feira.
E todos os dias desistidos tem sido terça-feira.
Todo dia é terça-feira.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Pode chamar esse texto de vomito (um grande e nojento).

Alguém disse hoje “tudo antes era mais fácil”...
Tentei ser maturo, insistir e me manter absoluto.
Mas é incrivel como tudo era mais fácil antigamente.
E eu não sei em que momento deixou de fazer diferença se hoje é segunda ou sexta-feira.

Todos estão em suas casas, aqueles que apontam o dedo na sua cara e dizem que você é estático.
Estão se mantendo impecáveis aos olhos de quem vê.
O que possui alguém da minha classe social com a minha idade?
Um namorado (a)?
Pra me visitar sexta-feira anoite, sábado e domingo.
Um carro?
Mas não pode ser antigo, se for fusca é melhor não ter.
Faculdade?
Afinal de contas eu preciso reponder algo quando me perguntarem o que faço da vida, e para satisfação dos meus pais a universidade tem
que ter um certo nome.

Uhm...
Quem é estático?

Uma geração que faz questão de ser como os próprios pais.
Que aceita sorridente “os caminhos da vida”...
Sei lá...Eu sinto essa necessidade de mudança.

Preciso vizitar mais meus familhares,
Assistir o Faustão no domingo,
Os programas de comédia do sábado anoite
Reclamar da vida
E continuar sendo um imbecil estático que não faz porra nenhuma pra mudar...

Devo queimar as camisetas surradas de banda
Comprar camisas polo que custem mais de R$ 100,00
Ir ao shopping, levar a namorada pra viajar
Ir a missa reparar na roupa dos outros.
Não entrar mais em bar,
Malhar talvez,
Arrumar um bom emprego e achar que posso comer qualquer bunda com meu “taco de ouro”...

Ver todos os errros do mundo nas pessoas
E esquecer que sou feito do mesmo material que todos os outros idiotas
Cobrir as tatuagens tortas sem sentidos por letras japonesas, ou uma carpa...
Comprar cigarros com gosto de cereja,tutty frutti, leite condensado e outros,
Mas só quando for pra balada, encher o cú de pinga e contar pra todo mundo na “facul”
Só não posso esquecer de NÃO tragar, pode fazer mal futuramente.

Apontar a imoralidade das pessoas
E esconder o KY que minha amiga de trabalho tanto gosta.
Ou o meu amigo da faculdade.
Há, a moral!
Santa moral!
Valores familhares,
Tios pedófilos,
Padrinho com o rabo cheio de cachaça, que eu daria muito mais do que pro resto da familia inteira junta.

Casamento,
Faça a festa!
Seja feliz!
Filhos!
Divorcio.
Morte.
Empregada.
Suco natural de fruta nojenta.
Seja o seu pai, seja a sua mãe.
Mantenha o mundo!

O cara é um merda!
Baudelaire é o cara!
Senta no sofá, deixa o Willian Boner e a “mulher coelho” dizer que a sua noite vai ser boa!
Ou seja alguém sofisticado...
Saia pra jantar num restaurante japonês,
Use o Hachi, pra mostrar o quanto você é sofisticado.
Ou peça um grande pedaço de bife, pra mostrar o quanto você pode ser uma pessoa má por comer carne convencional
num restaurante japonês.

Esteriotipados...
Mortos...
tanto quanto o estático, retardado, bebado, sem futuro, acomodado, mal traçado e tudo mais que eu ainda não sei.

É antigamente tudo era mais fácil mesmo,
antigamente eu não iria precisar vomitar tantas palavras vulgares pra tirar um peso dos meus ombros.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Benedetta Carlini (música futura)


Faz tanto tempo que nem o silêncio consegue convencer a paz
Uma tarde nublada e fria tomar um café e ficar até clarear
Continuamos cometendo os mesmos erros
Arriscando nossas fichas, sem hesitar...
Mesmo conhecendo o sabor repetido da derrota

Eu te vejo querendo calar essa voz
Que te encoraja a tentar, até os joelhos não agüentarem mais rastejar.
Seria covardia te dizer como agir,
Deixa existir e seguir o rumo sem se arrepender ou desistir
Que a beleza ainda reside no tentar mais uma vez
Sem importar a chance percentual que já não tens.

Eu não posso te prometer existir um lugar onde as pessoas não machucam as outras
Mas gostaria que você pudesse esperar mais do que esse mundo tem pra te dar
Mais do que essas pessoas podem te fazer sangrar...
E te deixar sem rumo...

Pra fazer o caminho de volta
Recolhendo os cacos, em que se desfez
Acreditando que um dia teria sua vez
De provar que podia ser
Escudo, abraços,
Ouvidos e lábios
De quem não pensou um segundo pra te dizer jamais.

Benedetta Carlini arriscou tudo o que tinha ha muito tempo atrás.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Eu disse que seria diferente?

Eu estou cansado de pedir desculpas.
Eu não tenho concerto.
Não adianta apertar um parafuso.
Fechar faltando peça e dizer que está como novo.

Por isso eu me arrepio e canto o mais alto que eu posso aquela música que diz
“minha glória o coração, entendes?”
Por isso! Por que eu entendo.
Por que é só isso que eu tenho.
Um coração fodido, quadrado e surrado.
Totalmente incoerente.
E sem nenhum nome talhado.

Eu sei...
Você só quis me proteger, só me quis bem desde o primeiro segundo.
Mas eu ensisto em rasgas os cotovelos em caminhos estreitos...
Enquanto à mesa você envelhece anos me esperando
Do jeito que você sempre sonhou...

Me despeço
Seguindo meu coração
Seguindo minha alma
Que não me deixa parar
Que não me deixar sentar no sofá da tua casa e ver minha vida correr como os carros embaixo da sacada.
Que não me deixa sorrir enquanto algo rasga meu peito
Que me conforta mesmo sabendo que as pessoas que eu amo sempre vão fugir pelos meus dedos...
Pra serem felizes!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sério que você chama a isso de vida?




Há muito tempo atrás eu tinha escrito uma música que dizia “Talvez eu tenha quebrado o círculo que me mantinha em minha rota natural”,
e pra falar a verdade eu acho que esse círculo nunca existiu, e se existiu, ele nunca me manteve em uma rota natural.
Pelo menos nunca senti isso.
A sensação mesmo é de estar vagando no espaço, sem rumo, sem esperança e ver todas as outras pessoas na mesma situação.
Um a um, abandonados, esperando a morte como se assiste aos comerciais de TV, falecido.
E não tem concreto, não tem abstrato, não tem próprio nem emprestado
Que te faça ter um fio de esperança.
Eu vejo gente forte, que podia estar saltando de estrela em estrela, desistindo...
Gente que tem medo de cometa, mas não se importam em viver mil anos de solidão.
E todas elas estão caindo.
Mesmo as que só querem continuar, mesmo que vazias, mesmo que suas almas já não residam em seus corpos.
Só continuar...
A vida Best shop TV, só não acabou porque ninguém ainda avisou.
Continua lá sentado, mais um produto, qual o nome do vendedor mesmo? Que cartão pode pagar mesmo? Porque estou me perguntando se
não vou comprar?
E você? como vai?
Está vagando pelo espaço ou assistindo ao Best shop TV?
Existe mesmo um círculo que nos mantém numa rota pútrida e sem graça?









terça-feira, 14 de julho de 2009

O título original vai soar dramático, e muito pouco literal, embora seja de rara verdade.


É a minha vida.
E está acabando.
Quando eu quero trancar as portas e assistir um filme.
E acabar por sentir solidão, e um certo arrependimento por ter ficado ali parado se o filme não valer a pena
Ou escancarar portas e janelas e beber até vomitar.
Mas odeio vomitar! E não agüento mais as ressacas como antigamente.
Quem sabe namorar, transar e essas coisas divertidas.
Sei lá... Se o refratário hoje em dia não corroesse meus órgãos, seria perfeito.
Neste momento sou apenas um vazo,
Vazio e ineficiente,
Não sirvo nem de coadjuvante pra uma planta escrota.
Eu tenho insônia, uma espécie de infecção no olho direito, me falta dinheiro, não tem álcool nenhum em casa, o maço de cigarros está
todo no cemitério, vulgo conhecido como telhado do vizinho, eu não tenho mais tesão nenhum por coisas que tinha antes e mesmo assim, eu
não consigo pensar em nada, eu não consigo querer nada.
Hoje eu não quis incendiar nada, nem beber, nem brigar, nem aceitar tampouco contrariar.
Estão todos certos e todos errados.
Não vale a pena se esforçar por alguém que não faz questão de nada.
Vale a pena se esforçar pra provar pra alguém que existe algo que realmente importa.
Então por favor, não se enganem.
Então por favor, não desistam.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Hoje vamos matar novamente o capitão David jones, que tem obrigado a tripulação a pagar impostos previdenciários.

Tem uma frase num filme que é mais ou menos assim
“Você olha pra vida sem medo depois que leva alguns socos e descobre que não é feito de vidro”
Tinha uma moeda e mais ou menos R$ 7,00 de papel, uma palheta e um enfeite que ela me deu.
Eu tinha acabado de acordar...
Era 9hs da manhã, comecei a pensar sobre o valor real pra mim de cada coisa dentro do quarto, inclusive meu valor.
Era 10hs da manhã, voltei do banheiro, abri a minha janela porta e ascendi um cigarro.
Ainda passando por cada objeto, por cada pessoa que pudesse ter me dado o tal, por cada época...
São 12hs...
Levantei pra escrever isso com a certeza de que nada tem valor pra mim.
Sinceramente...
É tudo uma profunda distração.
Inclusive escrever sobre o grande objetivo da vida que é distrair o espectador.
Estou virando parte do navio, tipo o Bootstrap Bill...
Se eu conseguisse convencer parte da tripulação o quanto nada disso importa, abaixaríamos as velas,
e a esmo tudo seria mais convincente e verdadeiro.
Mas não posso,
Mas não quero.
É melhor achar que existe um X marcado no chão em algum lugar do mundo, e que o tesouro não é ouro, não é prata...
Não é moral nem bons modos.
Não é requinte nem boa aparência.
Será perfeito e sincero se estiver vazio.

sábado, 20 de junho de 2009

Deixa eu falar desta vez...

Sábado de noite, tinha uma coisa tentando rasgar a minha pela,
Eu perdi o meu sentido...
Eu joguei minha sorte e perdi
O mar está cheio das minhas bugigangas.

Sábado de noite.
Reclusão total,
Eu sinto o corpo decompor
Os olhos foram os primeiros, só há vazio

Nem terapia regular de Stooges anima o moribundo.
Eu to com medo de ter deixado de ser menino tolo.
Eu queria resolver tudo de novo como sempre resolvi
Fugindo, fingindo e sorrindo.

Eu descobri que sou dois, por isso não há lugar pra mais um.
A equação era tão simples e auto-explicativa que não carece maiores dizeres.
Estou voltando para as extremidades,
A passos largos,
Usando vícios como pedidos de desculpas.
Fingindo que sei desaparecer quando nada vai mudar o cansativo sentido horário das coisas...

É sábado, é noite e ninguém deu horário para as crianças voltarem pra casa.
Passaram perfume,
Passaram esperança,
Não viram a previsão do tempo,
Pra que se proteger?

Se eu tivesse me perguntado isso quando tive chance não estaria sangrando, por migalhas de lembranças que restaram da guerra que existe na
minha mente.

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Bom dia! Sinto lhe informar, mas seu filho sofreu um coma alcoólico".

Hoje eu estava lembrando como a guitarra pesava menos a nove anos atrás(talvez porque eu não tocasse guitarra na época).
Doze anos, você não pensa no cartão de crédito...
Não pensa se ela está bem...
Acho que no fundo você nem pensa.

Sei lá...
Eu já me sinto o velho punk. Sei lá o velho grunge o velho post punk.
Hoje eu também fui convidado a levar uma vida tranquilha, segura e estável.

“No fun my babe no fun”!

Acredite, prefiro o velho oito, tocando Libertines ao fundo...A casa desmoronando...
O vizinho martelando... O jornal mentindo pra você...

Eu nunca ganhei porra alguma tocando, escrevendo, bebendo, filosofando no boteco...
Eu ganhei me vestindo de imbecil, agindo como tal e fingindo que tava gozando com tudo isso.

Essa é a primeira vez nos últimos anos que consigo escrever, tudo o que vomitei nos últimos segundos.

sábado, 9 de maio de 2009

Sou a ultima chama ou a escuridão?


Cara, eu tava pensando preciso parar de fazer inimigos.
A coisa ta ficando perigosa.
Se ao menos eu fosse menos orgulhoso, menos debochado, eles não me odiariam tanto.

Olha...
Eu vou pagar.
Por cada erro.
Como sempre.

Peço um pouco de paciência,
Pra essa vingança espumante que lhe salta os lábios.
Já desejei teus lábios mais do que qualquer absolvição.
Sei que neles comecei e neles irei ter meu ultimo prazer.
Não sei por que...

Sou facilmente seduzido pelo fim.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

DentroExisteMuitoOdio!

Você tem dois olhos
Que bom! Assim posso ver as “turminhas” voltando da faculdade...Paga pelos pais, e que embora estejam quase terminando não sabem ainda porque começaram.
Voltam sorrindo, chegam em casa, devem comer, ligar o computador, ligar a TV também, falar com a rede de invariável freqüência de imbecis siameses sobre esterco de porco sul mato-grossense.
Não!
Isso não entra na minha cabeça!

São cinco horas da manhã...
Você deve ter ido dormir a quinze ou vinte minutos depois da série que terminou no canal fechado, aquela que você (mulher) é apaixonada pelo protagonista que faz cara de mal e que você (homem) gostaria muito de ser o mesmo cara.

Voltando...
São cinco horas da manhã.
Você ouve alguém chamar...
Abre os olhos devagar...
Estou em pé... de fronte...
Na cama, com um cano serrado apontada pra sua cara...
Vai sobrar quase nada.

Sem balada no final de semana...
Sem reuniões de família...
Sem ser mal educado, metido a bravo na frente do computador abraçado com um urso de pelúcia.

Você não sabe por onde eu estive.
Dancei sobre os círculos, e até com o próprio Diabo já brindei.

Nós vamos virar o carro de vocês!
Vamos incendiar suas casas.
Violentar suas esposas.
Decapitar seus animais domésticos.
Pegar as suas idéias e enfiar-las nos seus anus.

Porque nós somos os excluídos!
Os pobres,
Os feios,
Os tímidos,
Os fracos,
Os viciados,
É claro que você não notou nossa presença...
Mas somos a maioria.
E essa noite você vai entender na pele o que sentimos a vida toda.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Maldito por vocação.

Sim sou prostituta de esquina suja.
A concorrência vende caro, as vezes barato, mas sou único na arte de prestar meus serviços gratuitos, acredite é só pelo prazer. É sempre pelo prazer.

Nem bater nos bolsos pra saber se é possível pegar um ônibus.
Vou embora contando os passos, perdendo a conta...Sem ter vergonha.

Não me escondo atrás do caderno, na mesa da faculdade tão pouco na sala do auditório da empresa.

Sou filho do pecado...por opção.

Por descaso tatuado no coração.

Destruo teu sorriso tão fácil como faço o mesmo existir.

Não é falta de caráter.

É arte!

Expressão sincera de insinceridade sem banalidade e moral pirateada.

É falta de caráter!
Falta de por que.
Falta de pra que.
Falta de tesão.

E principalmente falta de moral.
Não tenho moral nem pra dar bom dia!

Por isso tenha um péssimo dia!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Eu sou viciado em perder o rumo.E levar alguém junto.

Você precisa entender...
As pessoas são diferentes,
Meus erros,
Meus acertos,
Os muros em que deixei o formato do meu rosto mal traçado.

Cada um tem seu propósito.
E eu até já matei pessoas por não concordar com seus propósitos.
Não matei fisicamente. Fiz até pior.
Matei a esperança de muita gente.
A esperança de existir alguém no mundo que vai sempre zelar por você.

Se você não está comigo, está contra mim!
Esse era o meu lema.
Mas sei lá...
Eu parei um pouco de gritar, de inflamar, de reivindicar o que não pertence aos mortais.
Tudo acaba...
E eu não quero mais deter as esperanças.

Talvez por que eu também queira ter alguma esperança.

Não digo que me conformo com o sofá.
Com a programação da televisão entupindo as veias com mentiras e futilidades.
Ou com quem espera que eu mande um cartão de feliz dia dos namorados.

Mas não quero mais lutar...
Essas lutas que ninguém vence.
E eu acordo com ressaca.
Querendo matar todo mundo.
Ou morrer.

Deixa existir já dizia o poeta, que de tantas noites a álcool morreu achando que sabia voar.

Faz tempo que não consigo voar.
Por intolerância.
Por querer alcançar, nem que tenha que subir uma escada de corpos mutilados.

Hoje eu esqueço tudo.
E volto às origens.
Ao pecado que me recebe como filho.
Que volta arrependido.
De por um minuto ter andado certo.

domingo, 22 de março de 2009

Eu não me importo com os dedos que me apontam.

Tentei tirar alguma coisa de bom de todas as coisas que tenho feito por fazer...
Eu sinto que poderia escrever sobre qualquer abstrato que me sentisse atraído.
Mas não posso sentir quando me faço de flor artificial.
Esquálida sobre a mesa.
Enfeitando suas conversas.
O que é errado?
Desistência é o atestado que certifico a falta de importância.
Nada é errado.
E nada também é importante.

Esse vazio é o único que ficou quando a noite acabou.
Ao lado da cama...
Querendo deitar-se ao lado.

Te recebo de braços abertos.
Se prometer não ligar no outro dia.

Se prometer não acreditar no que eu disser.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Para você.

Eu prefiro a morte à sinceridade...
Não me protejo.
É melhor acabar.
Julgado.
Empilhando pecados.
Sou o talentoso Ripley.
Convida-me pra entrar.
Logo me chama pra dormir.
Enforco-te enquanto dorme e lhe roubo a pureza da alma.
Pra que justificar?
Dizer ser emoção.
Se só vives de razão.
Colecionando corpos.
Deixando a areia da ampulheta se esvair.
O inferno está para os que não sabem fazer nada além de sentir.

terça-feira, 3 de março de 2009

21 anos longe do mapa.

Meus hematomas...Meus troféus...
Não passo pela vida despercebido.
Não quero entrar na fila,

Eu tenho algo dentro de mim,
E acredito que esse algo só exista aqui.
E ele só sabe ser intenso.
Intensa dança da madrugada acesa do centro.
Intenso vazio da segunda-feira de manhã.
Meus dias são um eterno por do sol.
Entediante, de beleza justificante por importância questionável.

Só desejo o que não tenho.
Só me conforto com a conquista.

Só me queira bem.
Não faça juras alguma.
E não espere que eu seja constante.
Minha orbita espacial não tem rumo, nem planos.
Não sabe aonde vai e nem espera o que vem.

Não troco a poesia, nem o copo de bebida...
Nem o acorde arranhado,
Nem seus olhos apaixonados
Por sonho de vida perfeita e plena.

Amanhã faz 21 anos que não sei dizer por onde estive.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu quero viver de pessoas, não de dinheiro.

Entre os corvos te fiz poesia pra recitar de olhos fechados.
Sem medo desta vez nos lábios.
Só verdade conquista perdão.
Os corvos te mantêm pra não morrerem de solidão.
E só isso explica por que estou em coma.
E a tanto tempo não sinto meu corpo arrepiar, ao toque libertino de teu querer mais.
E mais e mais você.
E muito menos eu.
Correndo, na visão só névoa.
Sem direção, e com uma ignorante e inexplicável pressa.
De ver minhas asas de cera derreter.
Mãe, eu gosto mais do chão!
E continuo sem querer ser alguém.
Os vossos sorrisos me bastam.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Vamos ao shopping um dia desses?

Você vai ser um garoto tolo...
Pra se apaixonar por alguém de cabelo colorido...
Pra acreditar no que só você acredita...
Pra se viciar em ser errado.

E quando eu ainda descia a Augusta sorrindo eu só tinha uma dúvida...
Quem será que acende o dia?
Eu queria que sempre fosse noite,
Queria cuidar dela e cumprir todas as minhas promessas.
Abrir mão da minha juventude pra ser o homem da vida dela.

Não levo jeito pra herói.
E talvez já tenha dito isso muitas vezes.
E ninguém tenha ouvido.
Mas tudo o que não sou,
Tudo o que não tenho,
E tudo que é borrão nessa pintura esquálida.
Só te quer bem.

Meu lado mais desumano, o que dança colorindo a sola dos sapatos sobre o sangue dos irmãos... reza toda a noite pra que você seja feliz.
“E que me coloque de ponta cabeça se preciso, pra ver se eu te arrumo alguém melhor que eu”.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu não sei viver melhor que isso.


Quando você nasce tem uma responsabilidade.
De ser alguém.
Não pra você.
Para os seus pais a principio, para a sua namorada, amigos, vizinhos e outros.

Você não tem tempo nem pra pensar no que é tudo isso.
Só se sabe que tem que ser alguém.
Alguém pra frente, saúde, dedicado, incansável e que se preocupe com as pessoas.

Mas ai por motivos que você desconhece embora eu tenha grande sensação de que seja genético, ou sei lá...um espermatozóide revoltado.Você se torna alguém sem motivação, que prefere tudo o que faz mal, que termina tudo o que começa antes de concluir e que desconhece a existência de outras pessoas em seu mundo.

A minha saliva tem a largura do mundo passando entre minhas amídalas.
Sinto que o filme está acabando, o desespero é inevitável, pois não entendi absolutamente nada.E os personagens se mantém, como os trigos que só me mexem quando venta.
Faz muitos meses que não venta.

Não é uma questão de escolha,
Não posso mais fazer nada,
Vou continuar pulando os telhados enquanto tiver movimento em minhas pernas.
Enquanto você espera que eu volte pra casa.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Adeus e boa sorte a um homem que foi alguém muito importante enquanto viveu.

Não existe nada que você possa fazer nessas situações...
Eu só pude escrever.
Chorar talvez.
Mas por entender que um homem as vezes só consegue respeito e admiração depois de sua morte.

Fui surpreendido pela noticia logo cedo.
“Ele morreu soterrado”.
E tudo acaba...
Seus castelos levantados a unha, as paredes pintadas com seu sangue e suor...
Nada mais importa.
Você morre, sem causa, sem legado...

Meus músculos hesitaram qualquer reação.
E pra mim fica a sensação.
De que tudo isso vale muito, muito menos.
Penso em quem vai realmente chorar os próximos anos a perda.
E ninguém explica.
Penso também nas pessoas que não quero ver partir...
E nas que não quero que passem seus dias lamentando minha ausência.

Mande a coroa de flores,
A mais cara,
Pra mostrar o quanto vale alguém
R$ 60,00, R$ 70,00...
Pra mim como sempre, me sobram as migalhas dos meus sentimentos
Da minha falta de preparo...pra aceitar tudo isso.
Meu corpo está aos farelos. Só há silencio.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quanto vale a sua vida?

É fácil pensar que existe uma fonte, onde mergulhar vai curar todas as suas dores.
Estou doente demais.
Meu caso é grave.
Os médicos disseram que quando se perde dificilmente se recupera.
É elementar...
Mas ainda vale a pena falar.
Perdi a esperança.
E não tenho mais esperança de encontrá-la.

Por favor.
Não me deixe falar.
Se eu disser alguma coisa sobre os seus olhos me mate por favor!
Mas não me deixe falar.
Toda vez que eu falo...eu com certeza me arrependo.
Não importa quanto tempo vai levar.
Mas alguém sempre vem cobrar alguma promessa estúpida que quase morto prometi.

A morte não tem conquista.
Não tem glória.
E mesmo se tivesse...Não quero ser herói.
Sei que muita gente só vai no enterro pra me dizer que avisou...que eu procurei meu fim...E com certeza são essas pessoas que fazem a morte valer cada moeda.
Gente que pensa que vai viver pra sempre.
Prefere viver cem anos a dez por hora...e se não bastasse, ainda são cem anos se preocupando com meus míseros 10 anos.
Deixa viver....
E não sufocar, o que tanto quis gritar ao mundo.
Até sagrar a garganta e lhe ferir os tímpanos.

Vou deixar a ferida aberta até infeccionar.
Isso dói bem menos do que saber que uma vida só vale pra compor estatísticas.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Transmission

Não sou exemplo...embora deva ter algumas coisas pra falar.
Mas não acho nada mais necessário.
Filosofar...tentar te explicar que acho que nosso corpo é só cinzas de esterco nojento e por isso as cicatrizes, e por isso as agulhadas e por isso o descaso...não posso fazer ninguém entender nada.

E pra que?
Essa é a pergunta...
Pra que?
Pra que fingimos estar bem com um monte de merda que não precisamos...
Esse é um dos meus problemas...ser generalista...sabe? A cabeça é sua...você é quem diz o que precisa.Até porque seria ser idiota demais achar que precisamos das mesmas coisas. E é claro.Tudo que é dito neste blog é meu.

Essa é a minha cabeça...Minhas dores, minhas vontades, minha decomposição.
Não é o alcorão pra esboço de vida.
E o que qualquer pessoa diz...ou dirá...é a sua opinião.
Aproveite que não existe um Vargas Adolf Stalin pra te cortar a língua.
E que existem pessoas como eu que pouco ligam pra o que você tem a dizer.

“Somos o filho do meio da história”.
Não temos heróis e nem mais heroínas...só maconheiros de merda.
Não somos responsáveis como o primogênito.
Não somos inocentes como o casula.
Só somos um monte de coisa sem graça.
Sem sentido...
Sem rumo...

Perdão...eu sou tudo isso.
Vocês são o que quiserem ser.