segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eli, Eli, lamá, sabactâni ?

Havia uma senhora sobre leito ao lado...

Corpo enfermo, lençóis brancos e frios, quarto branco recém pintado.
Droga na veia pra aliviar a dor, porque todos aceitam isso e não aceitam um drogado que busca aliviar a alma?
O que você realmente é pode ser secundário diante de como você está?
Eu jamais farei apologia a qualquer tipo de crença com um “Q” de religião.
Só sei que carne, ossos e sangue não tem nada haver comigo, sei que isso apodrece, e qualquer coisa pode ferir e lhe causar dor.

Busco todos os dias acreditar, que um corpo velho, surrado e esquecido, sobre um leito frio, gemendo de dor segundo pós segundo, encontra uma luz, que nunca mais vai se apagar, sem medo, sem dor nem desespero, não haverá tempo, saudade, nem vaidade, os que vestem branco e os que vestem preto, “Eu gostaria que meus dias fossem, pela fidelidade natural de um a um colados”.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ela escreveu num papel com apenas um “S” gigante, “sofra, sempre, sorrindo” Aos 11 anos eu disse “tudo bem”.

Não sei mais se quero ser livre.
Ter tempo pra pensar só faz problemas pequenos parecerem insolúveis neste oceano de impossibilidades.
“I’m ready to close my mind”
Entende? Pode ser apenas uma segunda-feira ruim, e até ai não haveria de ser uma surpresa.
Mas tem um peso forte sobre os ombros, e uma sensação fortíssima de que vã ocupação seria necessária pra evitar falsas esperanças, ou quem sabe até falsas tentativas de um amor forjado, por puro capricho de um momento solitário.

Sartre,
eu acho que me condenei a liberdade.

domingo, 4 de abril de 2010

Cura idealizada pra doença imaginária.




Tem alguma coisa errada, eu sinto isso porque faz um tempo que não consigo relaxar meu corpo totalmente...bem... como posso dizer?
Bom, eu deito, fecho os olhos, ouço uma boa música, bebo um gole do Whiskey favorito, penso nas garotas, nos amigos, na família, na infância...deveria ser relaxante isso tudo.

Chuva do lado de fora, clima cinza, melhor pra sossegar não poderia ser.

Mas então vem a pergunta...
Porque estou buscando na minha mente algo que eu chamo inconscientemente de “solução”?
Qual é o problema que preciso solucionar?
Sei lá cara.
Mas tem dias que eu prefiro me esconder pra tentar achar do mais profundo vazio a “solução”, e isso tem me tornado um pouco pior a cada dia.

Esse texto é a profunda descrição do sentido desse blog, ninguém jamais entenderia essas palavras ditas exatamente assim, só o papel mesmo, pra aceitar e não querer solucionar.

Eu quero ouvidos essa noite, eu não quero conselhos, não compreensão.
Eu quero um soco na cara e um posterior silencio pra me confortar a alma, porque o corpo não me importa nem um pouco.