sexta-feira, 31 de julho de 2009

Pode chamar esse texto de vomito (um grande e nojento).

Alguém disse hoje “tudo antes era mais fácil”...
Tentei ser maturo, insistir e me manter absoluto.
Mas é incrivel como tudo era mais fácil antigamente.
E eu não sei em que momento deixou de fazer diferença se hoje é segunda ou sexta-feira.

Todos estão em suas casas, aqueles que apontam o dedo na sua cara e dizem que você é estático.
Estão se mantendo impecáveis aos olhos de quem vê.
O que possui alguém da minha classe social com a minha idade?
Um namorado (a)?
Pra me visitar sexta-feira anoite, sábado e domingo.
Um carro?
Mas não pode ser antigo, se for fusca é melhor não ter.
Faculdade?
Afinal de contas eu preciso reponder algo quando me perguntarem o que faço da vida, e para satisfação dos meus pais a universidade tem
que ter um certo nome.

Uhm...
Quem é estático?

Uma geração que faz questão de ser como os próprios pais.
Que aceita sorridente “os caminhos da vida”...
Sei lá...Eu sinto essa necessidade de mudança.

Preciso vizitar mais meus familhares,
Assistir o Faustão no domingo,
Os programas de comédia do sábado anoite
Reclamar da vida
E continuar sendo um imbecil estático que não faz porra nenhuma pra mudar...

Devo queimar as camisetas surradas de banda
Comprar camisas polo que custem mais de R$ 100,00
Ir ao shopping, levar a namorada pra viajar
Ir a missa reparar na roupa dos outros.
Não entrar mais em bar,
Malhar talvez,
Arrumar um bom emprego e achar que posso comer qualquer bunda com meu “taco de ouro”...

Ver todos os errros do mundo nas pessoas
E esquecer que sou feito do mesmo material que todos os outros idiotas
Cobrir as tatuagens tortas sem sentidos por letras japonesas, ou uma carpa...
Comprar cigarros com gosto de cereja,tutty frutti, leite condensado e outros,
Mas só quando for pra balada, encher o cú de pinga e contar pra todo mundo na “facul”
Só não posso esquecer de NÃO tragar, pode fazer mal futuramente.

Apontar a imoralidade das pessoas
E esconder o KY que minha amiga de trabalho tanto gosta.
Ou o meu amigo da faculdade.
Há, a moral!
Santa moral!
Valores familhares,
Tios pedófilos,
Padrinho com o rabo cheio de cachaça, que eu daria muito mais do que pro resto da familia inteira junta.

Casamento,
Faça a festa!
Seja feliz!
Filhos!
Divorcio.
Morte.
Empregada.
Suco natural de fruta nojenta.
Seja o seu pai, seja a sua mãe.
Mantenha o mundo!

O cara é um merda!
Baudelaire é o cara!
Senta no sofá, deixa o Willian Boner e a “mulher coelho” dizer que a sua noite vai ser boa!
Ou seja alguém sofisticado...
Saia pra jantar num restaurante japonês,
Use o Hachi, pra mostrar o quanto você é sofisticado.
Ou peça um grande pedaço de bife, pra mostrar o quanto você pode ser uma pessoa má por comer carne convencional
num restaurante japonês.

Esteriotipados...
Mortos...
tanto quanto o estático, retardado, bebado, sem futuro, acomodado, mal traçado e tudo mais que eu ainda não sei.

É antigamente tudo era mais fácil mesmo,
antigamente eu não iria precisar vomitar tantas palavras vulgares pra tirar um peso dos meus ombros.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Benedetta Carlini (música futura)


Faz tanto tempo que nem o silêncio consegue convencer a paz
Uma tarde nublada e fria tomar um café e ficar até clarear
Continuamos cometendo os mesmos erros
Arriscando nossas fichas, sem hesitar...
Mesmo conhecendo o sabor repetido da derrota

Eu te vejo querendo calar essa voz
Que te encoraja a tentar, até os joelhos não agüentarem mais rastejar.
Seria covardia te dizer como agir,
Deixa existir e seguir o rumo sem se arrepender ou desistir
Que a beleza ainda reside no tentar mais uma vez
Sem importar a chance percentual que já não tens.

Eu não posso te prometer existir um lugar onde as pessoas não machucam as outras
Mas gostaria que você pudesse esperar mais do que esse mundo tem pra te dar
Mais do que essas pessoas podem te fazer sangrar...
E te deixar sem rumo...

Pra fazer o caminho de volta
Recolhendo os cacos, em que se desfez
Acreditando que um dia teria sua vez
De provar que podia ser
Escudo, abraços,
Ouvidos e lábios
De quem não pensou um segundo pra te dizer jamais.

Benedetta Carlini arriscou tudo o que tinha ha muito tempo atrás.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Eu disse que seria diferente?

Eu estou cansado de pedir desculpas.
Eu não tenho concerto.
Não adianta apertar um parafuso.
Fechar faltando peça e dizer que está como novo.

Por isso eu me arrepio e canto o mais alto que eu posso aquela música que diz
“minha glória o coração, entendes?”
Por isso! Por que eu entendo.
Por que é só isso que eu tenho.
Um coração fodido, quadrado e surrado.
Totalmente incoerente.
E sem nenhum nome talhado.

Eu sei...
Você só quis me proteger, só me quis bem desde o primeiro segundo.
Mas eu ensisto em rasgas os cotovelos em caminhos estreitos...
Enquanto à mesa você envelhece anos me esperando
Do jeito que você sempre sonhou...

Me despeço
Seguindo meu coração
Seguindo minha alma
Que não me deixa parar
Que não me deixar sentar no sofá da tua casa e ver minha vida correr como os carros embaixo da sacada.
Que não me deixa sorrir enquanto algo rasga meu peito
Que me conforta mesmo sabendo que as pessoas que eu amo sempre vão fugir pelos meus dedos...
Pra serem felizes!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sério que você chama a isso de vida?




Há muito tempo atrás eu tinha escrito uma música que dizia “Talvez eu tenha quebrado o círculo que me mantinha em minha rota natural”,
e pra falar a verdade eu acho que esse círculo nunca existiu, e se existiu, ele nunca me manteve em uma rota natural.
Pelo menos nunca senti isso.
A sensação mesmo é de estar vagando no espaço, sem rumo, sem esperança e ver todas as outras pessoas na mesma situação.
Um a um, abandonados, esperando a morte como se assiste aos comerciais de TV, falecido.
E não tem concreto, não tem abstrato, não tem próprio nem emprestado
Que te faça ter um fio de esperança.
Eu vejo gente forte, que podia estar saltando de estrela em estrela, desistindo...
Gente que tem medo de cometa, mas não se importam em viver mil anos de solidão.
E todas elas estão caindo.
Mesmo as que só querem continuar, mesmo que vazias, mesmo que suas almas já não residam em seus corpos.
Só continuar...
A vida Best shop TV, só não acabou porque ninguém ainda avisou.
Continua lá sentado, mais um produto, qual o nome do vendedor mesmo? Que cartão pode pagar mesmo? Porque estou me perguntando se
não vou comprar?
E você? como vai?
Está vagando pelo espaço ou assistindo ao Best shop TV?
Existe mesmo um círculo que nos mantém numa rota pútrida e sem graça?









terça-feira, 14 de julho de 2009

O título original vai soar dramático, e muito pouco literal, embora seja de rara verdade.


É a minha vida.
E está acabando.
Quando eu quero trancar as portas e assistir um filme.
E acabar por sentir solidão, e um certo arrependimento por ter ficado ali parado se o filme não valer a pena
Ou escancarar portas e janelas e beber até vomitar.
Mas odeio vomitar! E não agüento mais as ressacas como antigamente.
Quem sabe namorar, transar e essas coisas divertidas.
Sei lá... Se o refratário hoje em dia não corroesse meus órgãos, seria perfeito.
Neste momento sou apenas um vazo,
Vazio e ineficiente,
Não sirvo nem de coadjuvante pra uma planta escrota.
Eu tenho insônia, uma espécie de infecção no olho direito, me falta dinheiro, não tem álcool nenhum em casa, o maço de cigarros está
todo no cemitério, vulgo conhecido como telhado do vizinho, eu não tenho mais tesão nenhum por coisas que tinha antes e mesmo assim, eu
não consigo pensar em nada, eu não consigo querer nada.
Hoje eu não quis incendiar nada, nem beber, nem brigar, nem aceitar tampouco contrariar.
Estão todos certos e todos errados.
Não vale a pena se esforçar por alguém que não faz questão de nada.
Vale a pena se esforçar pra provar pra alguém que existe algo que realmente importa.
Então por favor, não se enganem.
Então por favor, não desistam.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Hoje vamos matar novamente o capitão David jones, que tem obrigado a tripulação a pagar impostos previdenciários.

Tem uma frase num filme que é mais ou menos assim
“Você olha pra vida sem medo depois que leva alguns socos e descobre que não é feito de vidro”
Tinha uma moeda e mais ou menos R$ 7,00 de papel, uma palheta e um enfeite que ela me deu.
Eu tinha acabado de acordar...
Era 9hs da manhã, comecei a pensar sobre o valor real pra mim de cada coisa dentro do quarto, inclusive meu valor.
Era 10hs da manhã, voltei do banheiro, abri a minha janela porta e ascendi um cigarro.
Ainda passando por cada objeto, por cada pessoa que pudesse ter me dado o tal, por cada época...
São 12hs...
Levantei pra escrever isso com a certeza de que nada tem valor pra mim.
Sinceramente...
É tudo uma profunda distração.
Inclusive escrever sobre o grande objetivo da vida que é distrair o espectador.
Estou virando parte do navio, tipo o Bootstrap Bill...
Se eu conseguisse convencer parte da tripulação o quanto nada disso importa, abaixaríamos as velas,
e a esmo tudo seria mais convincente e verdadeiro.
Mas não posso,
Mas não quero.
É melhor achar que existe um X marcado no chão em algum lugar do mundo, e que o tesouro não é ouro, não é prata...
Não é moral nem bons modos.
Não é requinte nem boa aparência.
Será perfeito e sincero se estiver vazio.