segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A ultima música.

Terei eu sido presunçoso de tal forma?
Que hoje fito lado por lado e sempre me deparo com o lado mais interrogativo do lado.
Só e sozinho.

Se eu tivesse o poder, precisaria voltar, pelo menos nos últimos 5 ou 6 anos.
Manteria minhas virtudes, dispensaria sem hesitar meus vícios.
Agarraria das formas possíveis o puro poder que tem as esperanças de um garoto ingênuo, que faz seus planos sem se basear nas possibilidades reais do êxito.
“O que existia alguém fez perder, por ruas que tão rápido não consigo ver, o rádio grita por atenção e as ruas passam, me deixa descer, só me deixa descer, que contar os passos ainda me faz tão bem!”.
Era só isso que eu queria dizer, “me deixa descer”.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pra sempre eu.




Eu mudo do verbo mudar.
Deixei de usar apenas Allstar, até Nick estou usando hoje em dia.
Eu deixei de ter medo de tirar foto, sei lá, existe muito merda nesse mundo pra eu querer fazer imbecis felizes me ocultando.

Eu mudei, e isso constante.
E de forma alguma isso me envergonha.
Não sou fiel, eu traio e me faço de vítima, porque eu gosto de fazer gente imbecil de imbecil, me faz feliz me senti o justiceiro (risadas), não é justo essas pessoas serem vistas como o que elas querem parecer ao mundo, alguém precisa saber que eles cagam embaixo do tapete e jogam bom ar pra disfarçar.

Voltando ao texto, eu mudo, mudei e estou mudando.
Mas ainda sou ímpar as opiniões, não preciso de passaporte pra qualquer grupinho, tampouco da autorização de qualquer um pra existir.
E eu sinceramente desprezo profundamente quem sede a opinião publica.
A única bandeira que ainda vale a pena segurar é essa que declama aos quatro cantos “Eu...sou eu, independentemente...”

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Não há frequencia? Prova!

Ela disse que eu sempre escrevo coisas tristes,
ora, o que é triste eu escrevo, eu esqueço,
o que é feliz eu vivo e é sempre perfeito!

Deixa a água pútrida escorrer de volta ao lar, porque esse cheiro
de decomposição não me pertence.
Ainda não, ainda estou aqui, me atirando aos becos procurando o lugar onde
essa peça se encaixe da maneira mais perfeita possível.

Então estou no beco, buscando os sinais das antenas sem freqüência, e ao
mesmo tempo tentado fugir desse gosto de brincadeira repetida.
Vai vida, segue, segue como se existisse um porque de seguir.
Segue fingindo que há sinal.

Que apenas isso ja me faz alguém feliz.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

00:55 Mo


Se eu disser que desisto, jura que me entende?
E nem vai perguntar absurdos do tipo “Você pensou direito sobre isso?”
Faz anos que não durmo direito, e esse mesmo tempo eu tenho sustentado vícios, mentiras e ilusões que me enjoam em todas as manhas de segunda-feira.

Ainda que eu fosse eterno não acharia palavras, expressões físicas ou melodias que conseguissem explicar o que é exatamente isso.
Só sei que sinto meu amigo, sinto e não me sinto muito bem.
Tenho assistido, e assistindo eu não me sinto muito a vontade.

A distancia que existe entre o correto e isso que eu tenho feito, é tão distante quanto as chances que não terei mais, e eu sei, eu não terei mais.

Eu tive tempo suficiente pra pensar, repensar e pensar novamente sobre isso.
E a conclusão foi tardia como de praxe.
E o gosto foi vazio como a imensidão que meu ser encontra nesse corpo, que por sua vez nada vê no horizonte conturbado de vista semi acordada.

Foi tardia, é só isso foi o bastante.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Minha vida química. (A continuação)

Quando eu era garoto e tocava numa banda, agente sempre saia dos shows tristes, pelo show ruim, e acho que principalmente por que dava pra ver que a nossa opinião era de fato unânime.
Depois de tanto ouvir as pessoas dizerem “ahh ta muito legal um dia vocês vão chegar lá”, sei lá a coisa até foi melhorando, anos e anos me fizeram chegar a conclusão de que não melhorei nada, mas aprendi que em qualquer coisa nessa vida você precisa estar certo antes.

Dificilmente você vai conseguir convencer alguém se ainda não estiver convencido.
Sei lá. eu podia ser emo, feio, patético, bêbado, mal vocalista, letrista ou guitarrista, mas cara, era a minha química saca?
Talvez a sua química esteja em um carro bonito, ou em uma namorada bonita, a minha era essa, era a hora que fazia as outras horas valerem à pena.

Ta bom, ta bom, eu sei que centenas de pessoas nesse mundo vão se identificar com a sua química, e 99% delas me achariam um idiota por pensar nessas coisas.

Fica na platéia, de mãos dadas com uma princesa, pega seu Mercedez, que eu vou descer do palco, encher a cara de cerveja, juntar os trocados amassados, chamar um grande amigo pra tomar mais uma, vou chegar em casa rouco, alguma plebéia vai me ligar, dizer que adora musica “tal” e depois que sou muito especial.

E depois de tudo, um dia depois você estará reclamando do trabalho que te exige muito, a princesa vai te deixar preocupado 24 horas por dia, por todos os outros carros fodidos de caro que passam na rua e podem chamar a atenção dela.

Cara, eu vou de metrô, ouvindo Iggy Pop, subindo a Augusta, fumando um cigarro.

E a minha química nunca me deixa!