terça-feira, 4 de outubro de 2011

Esperança é só saliva na boca do tolo.

Esperança... palavra de uso bastante comum, abstrato que é mais conhecido do que muito concreto, é usual como se cita o nome de um amigo na mesa do jantar “A esperança isso, a esperança aquilo”... Eu nunca fui preso, mas imagino que a sensação mais obvia deve ser no primeiro momento querer fugir, você não come e não dorme nos primeiros dias, observando atentamente a cada canto por onde seria possível uma fuga, se perde dias, meses, pra alguns até anos dessa forma. Só que acho que chega um dia em que naturalmente algo muda, e então é mais interessante tornar aquele lugar o mais confortável possível pra se viver, então você se dedica a forrar com roupas o colchão que é muito duro, cobrir a janela onde o sol te acorda toda a manhã, ter bons livros pra ler até a hora em que as luzes se apagam , ter uma hora pra fazer umas flexões, uns abdominais... sei lá... E a esperança? E a liberdade? E tudo aquilo pelo que passamos dias e mais dias almejando com todas as forças? Se tudo se supera, se ninguém vale o seu esforço, se tudo sempre passa... O que realmente vale a pena? Conforto? Estadia?

Esperança?!