sexta-feira, 25 de junho de 2010

Converteram o vinho em água... (Fui pra um boteco, a festa ficou horrível).

Um espaço, com astros semi apagados...
O corpo nunca deixa de cair, lentamente, sem esperanças...
O que antes era infantil e até belo, hoje parece perda de tempo, o que infelizmente é irrecuperável...
Ando próximo demais das margens, com experiência suficiente pra pré julgar de maneira perfeita estereótipos... Talvez eu seja um... um que julga, que se sente vivido o bastante pra achar tudo e todos repetidos, pra achar que todos se vão por menos do que pão seco.
Pão seco talvez seja melhor mesmo que tudo isso, melhor do que essa crosta nojenta de passado que existe nessas ruas, nessas fotos, nesses enfeites sobre a cômoda.
Num CD velho sem malícia, sem câncer adulto maligno chamado vaidade...
Junta tudo...Então é isso...sem os pés no chão...caindo sem vontade de parar

sábado, 19 de junho de 2010

Até logo e boa noite. (Título? Helena sabe que nunca é só um título)

Eu queria perguntar, “lembra que eu disse que iria mudar?”
E depois de um silencio com ar de esquecimento responder...
“Pois é, eu mudei!”
Mas não posso...
Não posso nem falar com ela sem que ela pensasse que estou bêbado, drogado ou algo assim...
Não posso dizer que sinto muito a falta dela sem que ela se afaste com medo de eu voltar a rastejar em tempo integral atrás do seu amor.
Acho que fiz minha fama.
Depressivo, viciado e derrotado.
Eu sempre disse que sou um mentiroso.
Mas acho que sou muito verdadeiro, minhas atitudes sabe? Eu to sempre agindo conforme o que sinto, o que as vezes é ruim, visto minha fama...
Queria evitar esse gelo que da no estomago quando ouço falar dela, ou a sensação que tem algo cinco vezes maior que meu punho tentando passar pela garganta pra fugir pela boca.
E tem também a idéia de que mesmo que consiga tudo o que sempre quis, mesmo que fosse perfeito, estaria faltando uma peça, uma peça com um nome, um endereço e um sorriso que me faz, mais do que essa palavra pode te fazer entender, sentir e ficar bem por mim, FELIZ.
O egoísmo perfeito é te querer por perto, me entristecer com sua felicidade, com o sorriso sincero de um amor encontrado, o reflexo medusa, que escarra na minha cara que mesmo depois de tanto tempo não tive nem coragem de sair de casa pra encontrar o meu amor.
Eu me vejo no espelho, cada vez mais distante, mais fraco, e sem porque se torna ainda mais difícil.
A verdade é que faz tempo que espero o mundo dar notícias sobre revolução, e mesmo tendo certeza que ninguém virá, me falta coragem pra fazer acontecer, como me falta coragem pra quase tudo que me disponho a sonhar.
Eu penso naquele instrumental de “i still got you face” (tem outro nome, mas gosto mais desse) do The Cult, e é como se os violinos falassem, “tudo está queimando, acabando, e você vai ficar pra se foder sozinho, afinal, é o que você sempre fez por merecer.”
Violino sincero, como o espelho, como ela e principalmente como eu, que concordo com tudo, infelizmente, com tudo.

sábado, 12 de junho de 2010

Só quero que saiba que eu quero ficar.

Uma noite fria, do outro lado de São Paulo, espumando pela boca, com uma dor até então desconhecida no estomago.
Eu nunca tive muita consciência e disso eu tenho plena consciência, mas exagerei dessa vez.
A única coisa que eu conseguia pensar é que não queria morrer ali, eu nunca fiz tanta questão, mas a idéia de bater as botas dessa forma e depois um cara do IML, mal humorado que odeia seu trabalho dar a notícia fria, de mais uma overdose jovem para quem fez de tudo pra que eu pudesse ficar bem.
E nem tem um outro filho pra ver se da certo a segunda tentativa.
Não sei como ainda estou aqui, mas agradeço a chance de fazer direito.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Conquistar, avançar e escovar os dentes.

Atrás de uma rotina, de uma interminável espera, só quero que você pense, porque estamos sempre correndo por algo?
Eu sempre ouvi dos mais velhos quando fazia essa pergunta “Porque a vida não pode parar”. Será que é isso mesmo? Existência...sempre aprendiz...sempre aprendendo coisas pra não usar, melhorar pra ninguém notar, esse vício desgraçado de conquistar pra dispensar.
Rotina... da casa, do café meio amargo, da solidão depressiva dos dias do meio da semana...Das contas, dos defeitos conhecidos e das necessidades segundo a consciência, que infelizmente ainda funciona.