sábado, 24 de novembro de 2012

A mão esquerda de um destro injusto.

Há uma sombra que paira sobre meus passos, mesmo quando nos encontramos sobre a grama verde embaixo de um sol de novembro... Eu não tenho sombra... Quero dizer... Onde quer que eu ande... é noite, é falho e vago. Ninguém tem culpa, mesmo quando tento culpar alguém... E só faço isso pra tentar me esconder, porque eu nunca me sinto bem, a vontade... Eu sou sempre um estranho, sustentado pelos cantos das paredes da sala de jantar de alguém, alguém que alguma hora vai notar que seu hóspede trouxe a escuridão, e pra quem espera o dia amanhecer, é quase impossível conviver com a idéia de que se há existência onde há apenas breu.