sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eu tive medo de perder a oportunidade de não mudar absolutamente nada nessa via de sentido único.

Eu queria ter um cinema marcado para o final de semana.
E na sala escura com ela sentir as mãos suarem, logo secá-las na calça jeans.
Ver com o canto do olho ela morder os lábios e balançar a perna direita sem pausa.
Queria ter algo marcado, não sei, pode ser só um fiozinho de esperança...pode ser o grão de mostarda, não importa, realmente não importa.
Eu tenho uma alma anarquista e tão pouco independente, esse é meu vicio, me sentir sozinho, um fraco pisciano que bate em portas erradas e mesmo assim, sem conhecer e as vezes sem pensar entra.
Hoje é sexta-feira, eu guardei o Diabo no bolso direito da calça, Deus no bolso da camisa, respondi todos que perguntaram e ajudei os que precisavam, fiz tudo como deveria ser feito, diria quase perfeito.
E jurei não questionar mais, pois aprendi que faz mau ao coração e afasta os poucos que permaneciam, firmes e fortes, certos, católicos, de boa aparência, de uma moral e fidelidade acima de tudo.
Eu não sei bem quanto tempo não peço ansioso pra ter uma festa de aniversário, ou a ultima vez que disse sem que fosse realmente preciso dizer “eu te amo” a alguém.
Acho que é melhor fechar os olhos, deixar ser guiado, conduzido com todo cuidado, pelo caminho onde todos se realizam e nunca olham para lado e perguntam por que.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nasce, se desenvolve e morre. (Ao que parece sem exceção a regra)



Eu não passo os meus dias a tentar entender os passos errados dos outros.
Nem dos meus próprios eu consigo lembrar...
Eu quero mesmo é que tudo exploda!

Uma certa vez Deus disse algo como “Não sou homem para que minta e nem filho do homem para que me arrependa”.
Pena que todos aqui são filhos do homem, pra que se arrependam na terça dos discursos durante a sobremesa após o almoço de domingo.

Parece inevitável que o ídolo faça um disco horrível quando velho.
Ou que os meninos da revolução levem torta pra almoçar com sua nova família, perfumados, com uma camisa discreta em vez de uma camisa do Sex Pistols.

É inevitável que todos procurem por segurança, como se a vida fosse assegurada por uma apólice vitalícia, que lhe garante indenização em caso de um DVC (desvio de vida convencional).

Sei que posso parecer um índio fornicando sobre uma mesa de cristal, em meio ao mais nobre andar do Terraço Itália lotado, mas eu quero mesmo é que a Pasta tenha o gosto amargo da minha porra, toda vez que vocês se permitirem serem moldados por esse estilo de vida de novelas e mentiras mastigadas de Hollywood.

sábado, 10 de julho de 2010

Parabéns! Você é o leitor do centésimo texto deste blog, a sua vida vai ser muito melhor apartir de agora.


Esse é o centésimo texto desse blog, “What does it matter?”
E tem muito mais de muitos outros blogs, alguns cadernos, anotações avulso e muitas cartas pra pessoas que não estão mais por aqui. Não da pra esquecer as músicas também.
O fato é que faz muito tempo que eu escrevo quase tudo que eu consigo sentir, tudo que consigo pensar...enfim...como posso ainda me sentir tão “intro”?
Pra ser sincero sempre foi assim, mas hoje eu quero me esconder sempre atrás do espelho, pra quem quer que for poder se sentir bem com o que vê.
Por que atrás de sua imagem e semelhança só há maldade, frustração e uma covardia sem pudor e imoral.
Esqueci de falar sobre a inveja, invejoso escroto que não pode te ver feliz com um punhado de areia na mão sem invejar seu poder de tornar algo insignificante algo que te faça bem.Ou sem invejar os garotos com flechas cravadas no peito, que andam pelas ruas com o olhar perdido por onde quer que possa estar o alvo amado de seus olhos.
Eu não tenho um alvo amado, não tenho um punhado de areia, só inveja, eu queria ver a paisagem quando as peças do quebra-cabeça se encaixam, sabe? Sentir orgulho, satisfação, por qualquer coisa que saísse de minhas mãos.

Todos querem ser o homem invisível, eu gostaria de ter uma sombra.