segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"we could dance"

Na faculdade eles ficam todos felizes por coisas que não me satisfazem...
No trabalho eles organizam amigo secreto e confraternizações e quando ano finalmente acaba, todos voltam a deixar de se falar.
Nas baladas de Rock eles curtem MPB e seu espírito de revolução deu lugar a diplomatas.
Na minha família eles desconfiam de todos meus atos...até um bocejo é suspeito...Na casa da namorada eles querem saber quem eu sou, mas não estão psicologicamente prontos pra saber que quase duas décadas e meia não me fizeram descobrir ainda...
Tudo parece falhar...
Mas há os momentos entre os abraços dela...
Há os amigos e as conversas sobre a vida com cerveja e pizza.
Há a batida do show...livre...seguida de acordes desconhecidos mas já vistos...
Sim...eu vejo um mundo por trás do som, não está em partitura...está em cores, infinita cores... onde estou livre pra colorir meu mundo como desejar.
Um brinde a liberdade de ser e fazer como quiser.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Não me deixe cair em tentação e aceitar que tudo isso é só isso."

Uma frase do Fight Club “Os primeiros sabões foram feitos das cinzas dos heróis, sem dor, sem sacrifício nós não teríamos nada”.

Já pensou nisso? Nem sabão nós teríamos!
Qual sacrifício essa época falida de objetivos, falida de espírito seria capaz de fazer por um objetivo maior?
Se nem conseguimos abrir mão de “estabilidade” (ou em outras palavras, ser escravizado por um emprego miserável cujo seu salário mal serve pra suprir suas necessidades básicas), pelos sonhos que tínhamos...Que na verdade temos...mas se torna mais fácil declarar aos quatro cantos que se trata de infantilidade...E que não te preocupa mais se vai dar certo...

O que na verdade nós nos preocupamos é se podemos pagar um lanche nojento pra namorada depois de um passeio infeliz pra encher nosso tempo escasso que até sobra.

Sei lá...é isso...é o ditado do pombo na mão e os dois pombos voando...

Nós vamos ser rebaixados a vermes! Parasitas! Essas micro porras todas.

Nosso poder de raciocínio não nos possibilitou achar maneiras de estourar as correntes... Nos fez perceber que o inimigo é invencível... E no auge de seu poder fomos obrigados por nossa mente de brilhante capacidade de raciocínio lógico e dedução...a nos render.

Encher a boca de cultura do Google... dizer tudo sobre países e culturas que aceitamos de muito bom gosto jamais realmente conhecer.
E nosso conhecimento comprado nos rendeu um troco que mantém a vida a beira da perfeição.
Um troco tão generoso que nos conforta e anestesia numa existência de pura estadia...