sábado, 27 de dezembro de 2008

Será que eu nunca vou mudar?

A regressão...
Mais uma vez destas cinzas...
Não tenho controle sobre meus músculos meus irmãos.
E as veias já não me pertencem.

Por isso deixo o aconchego de teu lar.
Pelo frio que cega da madrugada incerta.
Eu tentei por vezes andar por águas calmas.
Tentei me entregar ao provável e mais correto.

Mas descobri que não tenho gosto pela segurança de tuas paredes.
E nem de teu teto de vidro...Tão igual a qualquer outro teto que tenha me abrigado.
Domingo eu não estarei na mesa do almoço com ninguém.

Eu vou me achar primeiro...e quando isso acontecer...e se isso acontecer...deixo alguém em achar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

As luzes de São Paulo nunca se apagam.

Semana agitada...
Você acorda, com a saliva surrada, com a língua áspera e ainda por cima querendo mais.
Eleanor não conhece os freios.
Corre mais voando por sobre o asfalto machucado.

A vida passa diante dos olhos.
Eleanor não sente mais.
Trocou seu coração.
Trocou com o diabo por um cigarro.

Agora é imortal.

Se você não sente, não sofre, não lamenta...
Não cai.
Está sempre em pé, com os joelhos sangrando, mas em pé.

O importante é estar vivo.
Você estaria disposto a trocar?
A trocar aquela dor no coração, de alguém que se foi, de uma derrota pessoal, de um sonho despedaçado como copo de vidro frágil.
Trocaria pela sensação de um beijo?
Ou pelo sabor da superação.
Pela troca de olhares.

Não sei.
Eu não deixaria de sentir dor se pra isso tivesse que deixar de sentir tudo de bom que se pode sentir.
Eu não acredito na vida.
“Só acredito no semáforo”.
E olhe lá.

Deixa sangrar que eu ainda vou arrancar a casca do machucado e jogar no seu chá das 5.
Foda-se o confortável.
A Augusta não para.A cidade não para.
O copo está cheio, as pessoas dançando estão vazias e eu estou escrevendo isso tudo na minha mente.

O Label, O Daniels, O Passaport, O Old.
Todos eles.
Sem exceção.
Me renderam náuseas, dores de cabeça e um hematoma no pé.
Eu gostaria de dizer que não sei o porque do hematoma no pé.
Mas seria falso de mais dizer que não lembro da briga contra um adversário duro na queda...Um poste na frente do Kilt.

A vida é isso.
Um chute forte no poste na frente do prostíbulo mais caro de São Paulo.
A vida não se explica.
Desculpe Watson...simplesmente sinto.Não faço perguntas.
E nada desse tudo é elementar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quer brigar? Vai ser intenso!

Tudo certo...
Deixa amor que as reticências são amigas
E vão dizer tudo que não posso
Coisas do tipo
Não é ridículo ser inocente, é lindo e perfeito!

Eu sou só mais um pobre de espírito sobre o pedestal, com as minhas experiências,
e auto defesas...Pronto pra me defender e fazer olhar 43 como um seis gritado na cara de quem truca o jogo.

O problema é esse.
O seis.
É a cartilha de sobrevivência...
É o só gostar de quem gosta de mim.
E ignorar a voz que diz que preciso de cada pessoa pra existir.
As que me amam e até as que não o fazem.

Nem sempre o que conta é sair vitorioso de uma briga!

O que conta é fazer com que o único soco que você acertou doa aponto de seu adversário nunca mais pensar em te enfrentar.

Eu preciso de cada um de vocês, inocentes ou não.
Precisando de mim ou não.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

E quem disse que eu quero a vida toda?

Tem uma frase em um filme que o cara diz:
“Todo ser vivo morre sozinho”.

Essa frase nunca teve tanto impacto...
O bom é se debater, sentir a dor, respiração boca a boca, intensa, interminável, incansável.
Sentir o coração voltar a bater.

Mas a solidão, sem ninguém pra lhe segurar as mãos...e dizer que vai passar.

A médica disse:
“Querido você é tão novo, tem a vida toda pela frente...não se detenha.”

É impossível estar nessa situação e não pensar em todos e como tudo tem a sua beleza.
Seu encanto despedaçado tal como retrato, de ultimo beijo impensado,pois dele nem mais lembro.
Tenho vontade de escrever e tomar suco de melancia.
É só o que posso fazer...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Voutege, sempre volta...

Deus escreve sobre linhas tortas,
Com prego em vez de caneta,
Com detergente em vez de tinta,
E claro, ainda por cima é Aramaico.

Eu não entendo nada.
E acho que muitas das vezes você também não.
Mas a sensação que da quando você descobre que não teria
conhecido o mar, se não tivesse andado sobre as pedras, é maravilhosa!

As vezes você questiona...
Se culpa...
E logo vem alguma solução sem sentido.

Não gosto da idéia de que alguém domina meus passos,
E a teoria ainda não tem muito fundamento...
Mas acho que se você pensar dessa forma de alguma maneira
você deixa morfina circular sobre os cortes, e enche a boca sorridente
de xelocaina e morre com a certeza de que tudo vai acabar bem.

Hoje eu vou me pagar uma bebida!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O primeiro passo é aceitar.

Eu não sou o filho do descaso,
Mas sinceramente não ligo,
Não ligo pra você, nem pra ele e muito menos pra mim.

Prefiro o sabor, não a cor, não o modelo...
Prefiro o texto que comove não a bela capa ou personagem cheio de adjetivos.
O que importa é o amor o que independe é quem te ama.

Eu corro pra chegar, vivo pra buscar, choro pra tirar de mim o que me faz mal.
Eu não escondo cicatrizes...

Não concordo com Nietzsche, mas não duvido da autenticidade das palavras,
Por isso sou seguidor do mesmo.

Não vou fingir que está tudo bem.
Vou tentar arrancar os cacos, esquecer, costurar e jogar álcool.
Vou tomar o Jack Daniels, olhar no espelho e pensar...
A tanto a ser mudado,
Mas existe uma voz que entra pelas frestas,
E diz que não é você que deseja essa mudança,
Não é você que pensa em tudo isso.

Eu só penso em arrancar o meu coração,
E colocar uma laranja no lugar...
Pode ter sido a coisa mais estúpida escrita de todos os tempos
Mas com certeza é uma das mais sinceras.
E Selene, você será pra sempre, embora nunca mais..................................

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Me da um abraço?

175 Km por hora!
O vento é uma parede.
Os cabelos se dividem no ar,
O medo é o amigo do esquecimento.

175 Km por hora!
Uma pedrinha de 5cm poderia acabar com a sua vida.
E então você esquece de problemas imbecis.
Você só pensa na dor que poderia sentir ao ter o corpo dividido ao meio.

Não se pode viver com medo.
Mas é preciso pensar nas pessoas que ficam pra recolher os cacos.
Nas pessoas que passariam um século ou dois colando pedaço por pedaço até ter você de novo.
Queria não errar tanto, mas eu sempre tenho um ombro pra chorar, a hora que eu quiser.
E tal sensação não poderia ser descrita.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Diabo calça 37.

Meu nome é Jack Daniels...
Eu estou sóbrio a 32 horas, sem nada de álcool.
Exatamente 15 horas sem fumar,
50 Horas sem falar com o Diabo.
Eu dormir duas horas essa noite.

Ele disse que eu era bom escritor,
Que eu era engraçado,
E até bonito.

Ele recitou poemas,
E com belas garotas eu passava a noite.
E ele disse que me amava tantas vezes que o número de poros que tenho no corpo seria incomparável a tamanha fileira de zeros a direita.

Tínhamos planos,
Paris, Apartamento, essas coisas que todo capeta gosta.
Mas ele era muito ambicioso.
Afinal, o que mais eu podia esperar do chifrudo?

Ele me viu, afundando em drogas, perdendo meu senso de direção...
Ele fez o que qualquer espírito imundo faria.
Me deixou.

Mas Jack Daniels, não será vencido!
Um dia...quando a poeira abaixar,
O senhor do mal vai prestar contas para comigo.
E Sir Daniels jamais errou um prestar de contas ao soar do sino da catedral.

Hoje o Diabo só anda de conversível,
Só sai em grupo de pessoas populares que fumam maconha,
E bebem bebidas engraçadas.
Eu mataria todos e todas na porrada antes que os seguranças da casa pudessem piscar...
Mas não vou fazer-lo, seria fácil demais...
Fácil e maravilhoso.

Enfim...

Agora o Diabo é feliz...
E é assim que ele vive, se misturando, passando despercebido, roubando a alma de jovens virgens e inocentes.

sábado, 22 de novembro de 2008

Receita da felicidade eterna

Bater os pregos onde já marquei os furos,

Terminar o livro que comecei a um mês,

Terminar o terceiro capitulo do livro e começar a escrever o quarto.

Dar Adeus a quem se vai e boas vindas a quem acabou de pousar neste aeroporto de condições precárias e tempo incerto.

Esse final de semana ouvi de exatamente 7 pessoas que eu preciso terminar as coisas que começo, se não nada vai acontecer...Tudo vale a pena quando você descobre que existem pessoas que dariam tudo pra que você ficasse bem, até mesmo ficar a madrugada toda contigo no telefone esperando você dormir...
Por mais que possa não parecer, existe alguém, independente da situação, que espera você dormir pra ficar em paz.Mas se você acha que essa pessoa não existe, procure então, existe um monte de gente afim de trocar horas de sono pra carregar o peso que você tiver nos ombros.
Hora de por o lixo pra fora...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Blues

Você não pode viver, viciado escondendo uma garrafa de Balalaika no armário,
Se o vício te faz mal, e você quer deixar-lo, não pode apenas esconde-lo...
Fingir que ele não existe e que tudo vai ficar bem não te liberta...
Por isso resolvi pegar a garrafa e jogar o mais longe que eu pude...
E é quase importável saber que nunca mais vou vê-la...
Senti-la...
Mas eu não posso mais sustentar vícios que só me fazem mal...
Tanto tempo vivendo de você.
Pra tão drasticamente ter que partir e só olhar pra frente,
E te esquecer em tanta gente...e tanta...
Hoje eu chorei e não contei pra ninguém.
Por isso estou contando pra você.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Só ...............

Esse abstrato não pergunta se você está pronto...
Se vai ficar tudo bem.
Se é isso mesmo que você quer.

Você acorda em um dia qualquer...
E é obrigado a esquecer,
Obrigado a ser,
A viver,
E a gostar de tudo isso...

Um certo dia eu acordei,
E vi tudo o que cultivei por anos afundar em um mar de sanidade, um mar de pura realidade cheia de verdade...

É claro...era só um sonho,
Claro, não seria pra sempre,
Obvio eu vou ler o valor econômico todos os dias de manhã.

Logo você só transa com camisinha,
E está bebendo socialmente...
E quem sabe engraxando os sapatos no domingo...

Eu gostava da distancia que havia entre o obvio e presente,
Entre o provável e as vontades,
Entre o certo e o que faz o coração bater.

As pessoas deviam viver nuas...
E com o moralismo enfiado na bunda.
Não gosto de fidelidade,
Mas tive que ser obrigado a não gostar...
O mundo te obriga a ser como seus pais...
“Todo mundo passa por isso”.

Ou pelo menos a ser o que eles dizem ser o mais correto.

Queria uma garrafa de vinho...
Queria poder ligar e pedir conselhos...
Conselhos ao chalise.
Mas não posso.

domingo, 2 de novembro de 2008

Eu escrevi isso quando tinha 18 anos, e eu nem conhecia Bukowski ainda.

Esse texto é de um cara chamado Voutege...caso alguém pergunte.

Algo sobre mim e as pernas dela...

Acordei cedo, tomei um café ascendi um cigarro, o vento da manhã cinza cortava os lábios sem remorso algum.
Eu há vejo descer do ônibus, me olho no espelho, é o melhor que posso fazer.
Não há deixo chamar...abro a porta lhe dou um beijo...Nossas línguas se conhecem bem e o movimento não perde sincronia.

Subimos as escadas, falando sobre nada.
A casa está escura, minha mão deslizando sobre as curvas, sem destino...
Ela cai em minha cama com o olhar fixo, sabe onde isso tudo termina, e parece gostar muito disso.

Eu adorava vê-la nua, com sua pele branca, contrastante com os olhos e os cabelos...
E muitas vezes a cor das unhas.
Ela segura forte os meus cabelos enquanto minha língua lhe toca o lugar favorito...
Meus ombros atrás de suas coxas meio tremulas...Ela puxa meus cabelos com mais força.

Estamos transando...entre suor e gemidos...”Eu te amo” ........
“Eu...e...eu também......e ..te amo”
Seguro forte em seus ombros, eu vou mais forte, ela diz”Mais forte”.

Ela se empurra contra a cama pra tentar fazer com que eu vá mais fundo...
Seu rosto pede...Mais fundo...entre gemidos...mais fundo.
As unhas cravadas em minhas costas recita aos quatro cantos do quarto o quanto tudo aquilo é gostoso.

Estou quase, e por mais que eu queria passar mais uma hora vendo aquele rostinho tomado em luxúria...Não posso mais...Parece que as pernas dela reagem a cada espirrada...Uma, duas, três até quatro vezes...
Um ser humano não poderia gozar mais do que isso...eu acho.

Vou me lavar...volto, ela está dormindo, tomo um café, mais um cigarro...Eu sou o cara mais feliz do mundo.
Eu resolvi ficar em casa ontem...
Pensando que devia conhecer mais gente, me interessar por outras coisas...
Me deixar influenciar por seus gostos e atitudes.
Pois é só o que tenho visto ultimamente...

Pessoas conhecem pessoas, e quase todas as pessoas que mais me importavam no mundo
Seguem os passos de outras pessoas...distante o bastante pra não serem mais tocadas.

Então eu liguei pra algumas pessoas...ou quase todas que seria possível ligar...
- Oi tudo bem?
- Tudo.
- Onde você está?
- Balada.
- A sim, ok, desculpe atrapalhar...um beijo.
Então tentei os telefones mais antigos...

- Oi tudo bem?
- Tudo quem é?
- É o Renato lembra de mim?
- Claro Rê, como e que você está?
- Entediado...
- Ahhh que chato.
- Eu até te convidaria pra fazer algo, mas agora estou com meu namorado...mas semana que vem posso arrumar um tempo só pra nós...pode ser?
- Claro...claro que sim querida...Tchau
É engraçado...

Faz duas semanas que ando no mode Off...
Sem me importar, indo trabalhar cantando, esperando ansiosamente uma promoção...
Pensando na faculdade, sóbrio e muita das vezes sem cigarro.
Não sei até onde isso tudo vai durar, mas nada mais parece certo, nem os meus sentimentos...não sou mais alguém confiável...claro, se é que um dia fui.

Eu queria sentir de novo aquela sensação de ir ao shopping em uma quarta-feira, pra assistir um filme qualquer e voltar pra casa sem sequer lembrar que estive em uma sala de cinema...só lembrando de com quem estive.E de como as pétalas dançavam sobre os sorrisos que deixamos serem vencidos pelos vícios...de ser alguém normal.


Se nós soubéssemos como nossa história acaba, teríamos coragem de ter começado?

sábado, 25 de outubro de 2008

Last kiss.

Uma pausa pra refletir se orientar e quem sabe até se corrigir...
Eu disse tanta coisa, eu voltei para o início sendo que podia ter seguido,
O caminho inverso...

Persistir no erro.
Preferir o avesso.
Esconder os medos.
Pra se parecer normal.

Sem tentar se proteger,
Em meia dúzia e meia de palavras
Quase sempre sem sentido pra quem não tem sentido em ver algum.

Tem uma música que diz “Se eu fosse poeta saberia como me defender”
E a mesma termina “mas eu sou só mais um garoto imbecil a se repetir”.

Fiz uma pessoa querer morrer esse final de semana...
Não deveria ter feito isso...
E agora minha consciência dói......
Eu faço gente que se importa chorar, enquanto procuro quem não estava ao lado quando recebi o diagnóstico dizendo em letras cinzas e nome técnico ao qual traduzo
“Você tem câncer e vai morrer em breve”.


Ótimo final de semana a todos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Eu antes da segunda vez...

Meu primeiro amor...
Minha primeira música...
Meu primeiro show...

A primeira bebedeira
O primeiro cigarro que deixei a fumaça escapar pelas narinas.
O primeiro texto que chorei ao ler...

Aquela semana que passei escrevendo minha carta de suicídio.
Quando ouvi uma pessoa me dizer que eu vivo buscando uma “fonte pra curar minhas dores”.
Ou quando alguém disse que eu era importante.

A minha primeira briga,
Minha primeira mentira,
A primeira noite no frio inconfundível da madrugada do centro.

Todas essas sensações nunca mais serão as mesmas por mais que eu tanto queira, essa voz sóbria sempre me põe de volta no chão.
Eu vou tentar me levantar pela primeira vez.


Não quero acabar esse texto assim, então:

" No cú!!!! Enfia no Cúuu!!!!!" (Sick Terror).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Eu só queria evitar precisar tanto de quem não está aqui.

Trabalhando, pensando na vida...
Nessa sensação de ...”poxa...pensei que isso voasse”...
Tenho saudade corroendo a carne...
E todo dia eu me amarro na consciência ou no orgulho como queira,
Pra não me ajoelhar, me humilhar e voltar pra casa com marcas de salto alto no rosto.

Eu não tenho carro, não tenho dinheiro, eu fumo, eu bebo, 95% das coisas faço por que eu quero, eu não faço faculdade, eu não sou gentil tampouco agradável, eu tenho tatuagens nada convencionais, eu não sou engraçado, eu tenho os mesmos amigos desde que eu era uma criança, eu tenho três guitarras e bem pouca técnica, eu cheguei a conclusão de que mais vezes vomitei após a bebedeira do que comemorei uma conquista...

Resumindo...

Me alimentei setembro inteiro de lágrimas, e não escrevi um verso sequer que não tivesse sabor de despedida...Tirei o dia de folga, acendi um cigarro, li a ultima pagina do Garcia Marques, enchi dois copos com gelo e coloquei meus pulsos... E eu ouvia “Love, will tear us aparte...again”.

Sinto muito...Por sentir muito.

Eu sou apenas mais um...eu sou apenas mais um...Eu me sinto apenas mais um.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Café, cigarro e confusão.

Ela disse:
- Promete que se um dia você me deixar vai me ensinar a te esquecer!
Eu respondi:
- Pedi para as outras te ensinarem, elas sabem bem como fazer isso.
Ela disse:
- Você é um imbecil mesmo né?
Eu respondi:
- Sim.
Ela disse:
- ahhh esquece, me beija!
Eu disse:
- não disse nada, não deu tempo.

E tudo se repete de um forma que eu não poderia distinguir
uma boca de outra, ela falou, falou e continuou falando...
E eu queria um copo de café e um bom livro,

Como muitas outras vezes eu quis.

Ela disse:
- Eu te amo!
Mas eu não sei nada de você...Quem é você?

Eu disse:
- Ninguém...Eu acho.

E sabe, isso vem me corroendo esses dias...eu acho que não sei quem sou.
Mas fingir ser alguém tem me feito tão bem nos últimos dias que sei lá...
Parece mais fácil e melhor.Pra todo mundo.

O final de semana ta ai...e eu to sempre arrumando gente pra deixar
a minha vida um pouco mais sem sentido.
Domingo eu vou acordar com mais um gosto nos lábios, sem nada
por dentro, e como diria uma amiga minha...quem liga?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Acho que aprendi a jogar.

A felicidade tem um sabor diferente de qualquer outra sensação.
Você pode estar extremamente feliz e não saber que isso é felicidade.
Em uma semana eu não poderia definir a intensidade que jorra dos meus poros.

Poucas pessoas podem quarta-feira tomar vinho barato com um amigo e teorizar sobre a vida, musica, mulher e etc.
Poucas também têm a facilidade de tirar a dor com a mão apenas com uma caneta e um pedaço de papel.

E quase nenhuma desenvolveu a habilidade e perseverança que tenho na arte de esvaziar garrafas mesmo sabendo no que vai dar.
E mesmo depois de tudo estar nos braços de quem te quer bem e não se importa se você é um imbecil.

Como posso dizer não a tudo isso?
Como posso ser tão ímpar a uma vida sem placas, sem proibições, eu sou livre assim como o mundo e suas ruas que pouco se importa com as demais.
Sou o vento e nada pode me parar.

Isso pode até ser permanência, pode até ser orgulho destroçado...Mas me faz muito bem!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Voltando do mundo dos mortos. parte 1

Hoje eu me aventurei dar conselhos a um rapaz de 17 anos.
Hehehehehe Acabei no final contando minha história pra ele.
Claro ele riu e disse que eu deveria aconselhá-lo e não chorar no ombro dele.

É engraçada, a porra toda é mais complexa do que parece.
Eu estou pagando pelas minhas profecias.
Tudo o que eu mais desejo...Eu esqueço, momento refratário, de um homem e seu pênis adormecido após intensa batalha.

Saindo daqui, direto pro bar, hoje a noite nenhuma lembrança indesejada e asas pra voar.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

OBS:

Estava tudo pronto...
Pro ultimo show, as ultimas palavras já tinham sido escritas.
Era só esperar, encher os pulmões de ar...
E deixar todo esse monte de coisa que já não mais me seduz.

Eu tenho sentido o vazio corroer meu corpo cada segundo que eu existo
Sem nenhum objetivo.
Tenho me perguntado todo os dias, como posso viver dessa forma?
Pouco me fodendo com o que virá depois daquela esquina.
E tampouco com a própria esquina.

Os meus dias são uma contagem regressiva.
Que não mais desejo parar, mas sim chegar o mais rápido possível ao zero.
Eu lembro de tudo, quando era um garoto, pensando em viajar o mundo tocando com u meus quatro amigos.
Lembro de gente que fiz sorrir, e por mais que eu queira esquecer, também lembro de gente que fiz chorar, de gente que ignorei, e de como pouco a pouco fui me trancando nesta sala escura.

Não tenho que perdoar ninguém...Pelo que me lembro nunca me fizeram mal, exceto aquela garota da 2o série, que fez ficar até a adolescência sem dar um sorriso espontâneo por causa dos meus dentes que conseguiam ser mais tortos do que hoje.
Ela era muito má, porém sincera, isso não posso negar.

Eu sempre fui extremamente impulsivo, tímido, explosivo...
E de certa forma até posso dizer que invejoso.
Mas uma inveja diferente...
Tenho inveja das pessoas que tiram 55 fotos e colocam no orkut fazendo a sua semana tão feliz por isso.Tenho inveja de quem ainda esta feliz no domingo dois dias depois da baladinha da sexta para o sábado.

Tenho inveja de quem tem história pra contar, não que eu não tenha,
Mas nenhuma de que me orgulhe muito a ponto de ficar bem por isso.
Tenho inveja de quem obedece os pais, de quem quer viver cada vez mais...
de quem prefere o sol e as multidões, de quem ama os animais a natureza e tudo mais.

Eu sei que vou me arrepender disso...mas tenho inveja do cara que passa com o carro bombando o FUNK, ou da garota com pouca roupa que se exibe pra qualquer um.
Mas principalmente, tenho inveja de quem sabe forjar.
De quem diz que é dor, mas na verdade é só a pose que se torna mais fotogênico.

Eu me considero um bom jogador...
Porque sei a hora de parar, mesmo que seja depois de ter perdido tudo.

Eternamente grato pela estadia.

domingo, 7 de setembro de 2008

Eterno.

Neste momento não resta nada a não ser proclamar a desistência.
Eu caminho até onde quero chegar, e se eu não puder chegar, eu paro.
Não acredito mais em nada.
E nada mais me é motivo.

Quando você questiona até o porque atravessar uma rua e o porque levantar da cama,
É por que a estrada ficou cansativa demais pra continuar.
Juramos que morreríamos juntos,
Feito Romeu e Julieta new age.

Mas agora já estamos mortos.
Com a pequena diferença de que apenas eu morri pro mundo.
Eu vi a areia, o asfalto, faz tanto tempo as lágrimas secaram.
E nem os mil versos,
Nem as canções,
Nem aceitar que nada disso existe,
Nem pensar que o que realmente importa é que você vai ficar bem.
Vai trazer tudo de volta.

Não sou um covarde,
Sou um doente,
Não mereço sua piedade,
E nem ao menos a desejo.

Espero que conheça a felicidade,
E que mantenha a esperança sempre,
Como aquela aliança que nunca saia do dedo.

Amei cada instante, mesmo que póstumo.
E por eles viveria cada momento de dor......até enjoar o telespectador.

Eu falo um idioma que ninguém decifra,
Nem mesmo a própria vida explica.
E por isso sinto tanta falta... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .. . . . . . . . . . . . . . . . .

Nem mesmo o excesso de reticências vai explicar, e te fazer entender,
E por isso meu amor, faltam 2 dias.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Faltam 4 dias depois de hoje.

Mais uma vez setembro, sem licença ou devaneios
São memórias em meio à destruição
Tenho Vodka misturada com saliva amanhecida e bem pouco disso tudo me pertence.

Eu passei boa parte dos meus dias achando que eu seria o homem que iria mudar o mundo, mas percebi que tenho horror a mudanças, de tal forma a preferir a total estagnação dos sentidos e sentimentos ao ver existir palavras que nem mesmo sei o significado na boca que conheço mais que a minha própria.

Eu parei em um bar qualquer...
Pra buscar no raso o infinito que nunca tive.
E cada segundo que esqueço o mundo e lembro de você é como se os meus sentidos voltassem a funcionar.

Eu acordei de ressaca, e com os bolsos vazios da mesma forma, e antes o vazio fosse apenas no bolso...
Eu nunca me senti tão mal, me senti mais feio, mais burro, e menos capaz.
Eu só queria uma nova chance.
Mas teria que ser a uns 10 anos atrás quando eu comecei a me tornar o que sou hoje.

O castigo do mesmo...se remoendo...com sabor de lixo fresco e sem a vitória de que vou fazer alguém sentir saudade.
Por essas e infindáveis outras.
FALTAM 4 DIAS depois de hoje.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ela é a tempestade.

Agora eu sou o vilão, de uma história com pessoas doentes e gente do avesso...
Confesso ser bem mais a minha cara,não que isso me realize diga-se de passagem.
Pense em um filme...onde a história te faz odiar o personagem “X”.
Agora pense no número de pessoas que odeiam o personagem X.
Finalmente, pense que o personagem X é você.

Sim, você.

Só sentindo na pele e no arrepiar do corpo pra saber o que é ser o vilão.
Eu tenho um pouco de medo...sinceramente... ninguém nesse mundo me causa
tanto medo quanto eu mesmo.

Esses dias eu passei por uma situação chata...daquelas que você fingi ser forte e maduro... Mas você sabe que aquele acontecimento te venceu...
Perdeu meu amigo, você perdeu mesmo...

Só não chora agora, que você ta trabalhando...

Eu escrevi os nossos nomes...
Em cada objeto no meu quarto, nas paredes dele, na capa e na contracapa do livro que eu mais gosto...No encarte do disco que marcou a minha vida...até na minha pele tantas repetidas vezes que até sangrei...

E isso tudo me lembra uma música:
“ Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda, assim pude trazer você de volta pra mim”.

Mas hoje eu fico com essa:
“Eu não quero ver mais uma vez, essa série em que agente sangra tanto meu bem”.

EU NÃO QUERO VER MAIS UMA VEZ ESSA SÉRIE!!!

E agente é muita gente.


E é nesses momentos que você sente que não tem mais motivos...
Que você pensa que praticamente a sua vida toda foi baseada em conceitos e dizeres imbecis...Eu não me orgulho mais...Eu não digo que fiz, eu provo que faço.E o que ganhei com isso?

Você se acha diferente e especial até que tudo faz questão de dizer que você é só mais um garoto estúpido.
Eu já me senti melhor que isso...Até de ressaca eu estou melhor que isso.
Okay, vou voltar ao trabalho e esquecer a porra toda na adorável e imutável (o que é importe) Matemática, que nunca vai me trocar por uma noite com a gramática e me fazer parecer o vilão da história de amor proibido.
Eu espero.

domingo, 24 de agosto de 2008

Concreto, nada além de concreto.

Uma nuvem me persegue.
Fazendo sombra no trocar dos passos.
Eu me sinto perdido, confuso e retraído.
Repetitivamente os dias seguem...

Eu não vejo onde acaba.
E continuo com a terapia alto medicado de fingir que tudo está do jeito que eu deixei.
Andei por muito tempo contra o vento e nada conquistei e até perdi os grandes troféus que tinha na estante empoeirada.

Agora eu sou um resumo do que um dia fui.
Tão menos intenso...Tão menos seguro...
O amor desistiu de andar ao lado...
A melodia resolveu se esconder no quarto.
E até o álcool preferiu o chão...

Eu tenho marcas em meu corpo,
Que antes eram pecados venerados
E agora são apenas hematomas dispensáveis...
E prováveis arrependimentos no café da próxima manhã.

Tenho medo de acordar um dia e ver que tenho colecionado arrependimentos
Em uma caixa de papelão em forma de coração...
E nos objetos em que escrevi os nossos nomes...

Eu não sou invencível, e tive que aprender essa realidade da maneira mais difícil.
Gastando o tempo em buscas egoístas de fonte milagrosa pra curar as chagas que eu nem tinha...

São 14 ligações...E entendi bem o recado do mundo que diz “Nada existe”, justo eu discípulo mais fiel do abstrato, aprender de maneira tão brusca, que o mundo não é nada além do funk no carro que passa devagar, do anuncio de refrigerante na televisão, do jornal nacional divulgando a pesquisa do Ibope.Sei que é difícil aceitar, mas o mundo é esse relógio que não para, que não sente e que se chora é cientificamente explicável...Antigamente eu dizia...”Não tenho a ciência apenas a vida” Mas hoje eu sei que as duas são a mesma coisa. Decepcionante, eu sei.

sábado, 23 de agosto de 2008

Som, teste, som...

É...desde o ultimo texto no ultimo blog tanta coisa aconteceu...
Mas eu não quero falar sobre elas.
Resolvi falar como os textos do Bukowski...que não é Nietszche, mas como eu também não sou ficamos todos empatados.

Bom...hoje, um sábado típico, exceto por uma novidade muito boa, acordar sozinho...bom muito bom. O que é um gosto que psicólogos teriam dificuldades pra explicar, afinal sendo filho único, do signo de peixes e ter terminado um relacionamento a pouco tempo deveriam fazer com que eu precisasse de companhia. Ou não...não entendo bem essas coisas todas.Café, quente,forte e o dia cinza e frio...Joy division ao fundo, um cigarro após o outro, uma repetição de intervalo dispensável...
Mas vamos falar de coisas boas.
O Brasil ganhou mais uma medalha!
Bom...muito bom.
Mas é isso.
Alguns vícios incuráveis, saudade, arrependimento, desprezo e cabelo ensebado.
Bilhar, três vitórias consecutivas...Três garrafas consecutivas, são 13:30hs da tarde do sábado. Sim...o tio com mais dedos nas mãos do que dentes na boca é praticamente um espelho, só que com um pouco menos de dentes na boca.

Você precisa sempre mudar, pra não sentir tão pequeno quanto sua alto estima.
Eu só preciso de uma faísca...uma só. Pra incendiar a 23 de maio e ferrar com todos.
Pretendo postar coisas decentes da próxima vez...Mas não tenham muitas esperanças...