quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Protejam-se todos em suas casas.

Ontem eu não era mais eu, eu era o vazio procurando abrigo, eu procurei no som, na paisagem, na chuva, nos olhos... desabrigado recorri aos meus antigos lares, que de portas fechadas numa longa rua de portas fechadas me confundiram, e eu não achei o caminho de volta, de volta para a casa feita de música, e do quarto decorado de frases só restou lembranças, das paredes onde escrevi minhas dores, libertando meu coração do que agora só existe numa parede de um quarto inventado. Aqui não é meu lar, aqui não posso me libertar de nada, então estou na guia desta rua vazia, sobe a mira dos olhares conhecidos, que fitam a rua pela janela do conforto dos seus quartos. Deve haver um lar, um lar pra assistir do alto os corpos perdidos que caminham pelas ruas, sem destino e objetivo, que ficariam felizes mesmo se pudesse chamar de lar um humilde castelo de cartas no alto de uma montanha, onde os moinhos de vento nunca param de girar.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Onde repousam os medos. (Não posso voltar pra lá)

Eu coloquei o Diabo pra dormir em sua cama, o cobri carinhosamente, enfrentei meus medos, porque eu realmente precisava enfrentá-los, silenciar e ter a certeza de que venci. Mas um conselho... Faça silêncio. Por mim... Por você.