domingo, 29 de novembro de 2009

Faz um pedido.

Como pode ainda me oprimir o peito como papel que amassa?
Me empresta a frese Baudelaire, eu não saberia explicar melhor...
É tão covarde essas esperanças que nascem no canto do quintal, elas sempre estão lá, me mantendo e eu mal percebo que tenho desperdiçado meus dias...
Um a um, na tentativa vil de um amor retalhado.

Queria poder ter te conhecido quando era uma criança.
E sem vaidade eu seria perfeito, eu te chamaria pra sair e não me sentiria um imbecil, e não sentiria que sou ridicularizado por todos de todos os lados.
Sei que é impossível acreditar em minhas palavras, mas fecha os olhos, esquece por um instante que sou eu, aquele que não é aceito por todos que te cercam, esquece que sou estatisticamente falível, extremamente impreciso, e principalmente esquece que lhe fiz por tantas vezes chorar.

Só deixa esse beijo te provar que meus lábios são incapazes de mentir aos teus, e somente aos teus, porque procurei sem saber o que, vivi sem saber pra que e não venci nada porque eu só me recusei... E não há nada lá fora, não há nada quando eu escapo entre seus braços.
E só neste infinito espaço me desfaço, como estrela cadente que corta o céu e desaparece, meu presente, pra te ver feliz e fazer um pedido, de que seja eterno o momento de mãos dadas com alguém.

sábado, 21 de novembro de 2009

Texto grande e mais do mesmo.

Quer chamar de amor?
Sei lá, não me engano mais.
Não é Deus, não é amor, não é nada...
É só ciclo, sentidos moribundos e reprimidos.
Que gosto tem meu amigo?
Eu já vi tantos encher os olhos de areia e andar nas ruas caçando decepção.
Chame o tal de esperança...
Os corações partidos, os orgulhos inflamados.
Quando eu paro, eu não sinto nada sobre isso.
Jamais senti falta de um amor que estive na minha mente vestida.
Com roupa tanto faz, eu amo todas e não amo ninguém.
Quer perfeição?
Vá assistir Crepúsculo!
Acredite, se me pedir pra morder eu to mordendo, e sem assopro depois.
Eu não ganhei um SMS, estava bêbado e tinha gastado dinheiro com prostitutas...
É ruim? Impróprio? Contra a idéia de moral? Fútil?
Mas ninguém me obriga a passar maquiagem, a falar correto e mentir sobre minha Idea de políticas sociais.
"Não vó, eu prefiro que sacrifiquem todos os segundo filho de pessoas que não podem sustentar-los."
"E as pessoas também".
Você quer a verdade?
Eu não faço questão dessa droga toda.
E não vou sair por ai como um fantoche pra gente escrota que espera que você seja o "príncipe para a princesa de porcelana".
Põe no quarto escuro e a princesa ta pedindo coisas que até as meninas da augusta se sentiriam envergonhadas.
No fundo, é tudo cena.
Tudo acaba no crepúsculo, na malhação, tocando Cine ou Paramore no final.
No mundo que eu moro eu não tenho super força, não sou lindo do tipo irresistível, não sou romântico, não estou sóbrio e nem penso
em ficar qualquer um dos citados.
E quer saber?! Nenhuma das princesas de porcelana também.
Agora me diz... O que realmente vale a pena?
Pelo que eu devo lutar?
Se o que era bom parece não funcionar mais.
Eu não me arrependo de nada de errado que fiz, muito pelo contrário.
Me arrependo das vezes que eu estiquei os braços pra quem não me vê rastejar por esse chão imundo, pedindo perdão
por coisas que jamais saíram de minhas mãos.
O círculo está se fechando...
Estão todos prontos para pular antes que isso aconteça.
E como sempre eu tenho a certeza de que vou sobrar, vou ficar aqui, sem saída, e provavelmente arrependido por não pensar
como todos que estão sempre um ou dois passos a frente.
Estar à frente.
Difícil imaginar pra quem só vê rabeira e fumaça.
Mas eu tento imaginar ao menos.

domingo, 15 de novembro de 2009

"Alguma coisa agente tem que amar."

Eu sinto como se me fechasse por dentro.
Frase emprestada, de gênio suicida que sentia demais pra dizer tal coisa.
Olha pra mim! Sua pena já me basta!
Meu orgulho ficou quando eu desisti dos meus sonhos pra esperar a morte.
Lento, frio, sem cor e desistente.

Ela só tinha razão.
Cara...Eu sou um monte de lixo.
Nada justifica essa existência...
Eu nem sei como ela suportou tanto.
Poxa, eu era uma criança tão legal...
E não sobrou nada.
Nada.

Eu queria voltar...
Não proclamar ao mundo que os meus heróis morreram de overdose.
E que no fundo eram meus heróis porque eu sempre esperei o mesmo pra mim.
Mas nem isso aconteceu.
Nada tem acontecido.
E eu só sou mais uma voz ignorada na multidão.
Com uma vida reta e cautelosa.

Paga o cartão de crédito.
Manda uma mensagem.
Almoça e põe os óculos escuros.
Deus! Por favor! Me faça desaparecer.
Até o Cris Angel sabe fazer isso!
Eu sei que você pode fazer melhor.
Me traga de volta quando houver qualquer coisa nesse mundo que me faça feliz.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tudo passa, até as coisas boas passam.

Faz quase duas horas que eu deveria ter saído de casa para ir trabalhar.

Era um final de semana perfeito.
O famoso “cerveja, mulher e rock’n’roll”.
Pra onde quer que eu olhasse havia uma possibilidade, e acredite eram boas possibilidades.

Mais eu insisto em conquistar sem parar...
Tem coisas que essa realidade não permite.
Senti falta, falta da simplicidade da falta de vaidade...
Que gosto tem essa merda?
Pastel de vento?
Morde a massa sem recheio.
Não sei se isso tem graça.
“Acabei aqui, vencedor mais derrotado”.

Desde a minha adolescência eu sentia que não tinha nascido pra esse mundo, que de certa forma
sou incompatível.
Isso é como um Audi reverso...De cem a zero em 5.7 Seg.

Eu senti uma angústia terrível hoje de manhã...
Não havia nada pra fazer.Por isso estou 3 horas atrasado para o trabalho a escrever.