quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O primeiro passo é aceitar.

Eu não sou o filho do descaso,
Mas sinceramente não ligo,
Não ligo pra você, nem pra ele e muito menos pra mim.

Prefiro o sabor, não a cor, não o modelo...
Prefiro o texto que comove não a bela capa ou personagem cheio de adjetivos.
O que importa é o amor o que independe é quem te ama.

Eu corro pra chegar, vivo pra buscar, choro pra tirar de mim o que me faz mal.
Eu não escondo cicatrizes...

Não concordo com Nietzsche, mas não duvido da autenticidade das palavras,
Por isso sou seguidor do mesmo.

Não vou fingir que está tudo bem.
Vou tentar arrancar os cacos, esquecer, costurar e jogar álcool.
Vou tomar o Jack Daniels, olhar no espelho e pensar...
A tanto a ser mudado,
Mas existe uma voz que entra pelas frestas,
E diz que não é você que deseja essa mudança,
Não é você que pensa em tudo isso.

Eu só penso em arrancar o meu coração,
E colocar uma laranja no lugar...
Pode ter sido a coisa mais estúpida escrita de todos os tempos
Mas com certeza é uma das mais sinceras.
E Selene, você será pra sempre, embora nunca mais..................................

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Me da um abraço?

175 Km por hora!
O vento é uma parede.
Os cabelos se dividem no ar,
O medo é o amigo do esquecimento.

175 Km por hora!
Uma pedrinha de 5cm poderia acabar com a sua vida.
E então você esquece de problemas imbecis.
Você só pensa na dor que poderia sentir ao ter o corpo dividido ao meio.

Não se pode viver com medo.
Mas é preciso pensar nas pessoas que ficam pra recolher os cacos.
Nas pessoas que passariam um século ou dois colando pedaço por pedaço até ter você de novo.
Queria não errar tanto, mas eu sempre tenho um ombro pra chorar, a hora que eu quiser.
E tal sensação não poderia ser descrita.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Diabo calça 37.

Meu nome é Jack Daniels...
Eu estou sóbrio a 32 horas, sem nada de álcool.
Exatamente 15 horas sem fumar,
50 Horas sem falar com o Diabo.
Eu dormir duas horas essa noite.

Ele disse que eu era bom escritor,
Que eu era engraçado,
E até bonito.

Ele recitou poemas,
E com belas garotas eu passava a noite.
E ele disse que me amava tantas vezes que o número de poros que tenho no corpo seria incomparável a tamanha fileira de zeros a direita.

Tínhamos planos,
Paris, Apartamento, essas coisas que todo capeta gosta.
Mas ele era muito ambicioso.
Afinal, o que mais eu podia esperar do chifrudo?

Ele me viu, afundando em drogas, perdendo meu senso de direção...
Ele fez o que qualquer espírito imundo faria.
Me deixou.

Mas Jack Daniels, não será vencido!
Um dia...quando a poeira abaixar,
O senhor do mal vai prestar contas para comigo.
E Sir Daniels jamais errou um prestar de contas ao soar do sino da catedral.

Hoje o Diabo só anda de conversível,
Só sai em grupo de pessoas populares que fumam maconha,
E bebem bebidas engraçadas.
Eu mataria todos e todas na porrada antes que os seguranças da casa pudessem piscar...
Mas não vou fazer-lo, seria fácil demais...
Fácil e maravilhoso.

Enfim...

Agora o Diabo é feliz...
E é assim que ele vive, se misturando, passando despercebido, roubando a alma de jovens virgens e inocentes.

sábado, 22 de novembro de 2008

Receita da felicidade eterna

Bater os pregos onde já marquei os furos,

Terminar o livro que comecei a um mês,

Terminar o terceiro capitulo do livro e começar a escrever o quarto.

Dar Adeus a quem se vai e boas vindas a quem acabou de pousar neste aeroporto de condições precárias e tempo incerto.

Esse final de semana ouvi de exatamente 7 pessoas que eu preciso terminar as coisas que começo, se não nada vai acontecer...Tudo vale a pena quando você descobre que existem pessoas que dariam tudo pra que você ficasse bem, até mesmo ficar a madrugada toda contigo no telefone esperando você dormir...
Por mais que possa não parecer, existe alguém, independente da situação, que espera você dormir pra ficar em paz.Mas se você acha que essa pessoa não existe, procure então, existe um monte de gente afim de trocar horas de sono pra carregar o peso que você tiver nos ombros.
Hora de por o lixo pra fora...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Blues

Você não pode viver, viciado escondendo uma garrafa de Balalaika no armário,
Se o vício te faz mal, e você quer deixar-lo, não pode apenas esconde-lo...
Fingir que ele não existe e que tudo vai ficar bem não te liberta...
Por isso resolvi pegar a garrafa e jogar o mais longe que eu pude...
E é quase importável saber que nunca mais vou vê-la...
Senti-la...
Mas eu não posso mais sustentar vícios que só me fazem mal...
Tanto tempo vivendo de você.
Pra tão drasticamente ter que partir e só olhar pra frente,
E te esquecer em tanta gente...e tanta...
Hoje eu chorei e não contei pra ninguém.
Por isso estou contando pra você.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Só ...............

Esse abstrato não pergunta se você está pronto...
Se vai ficar tudo bem.
Se é isso mesmo que você quer.

Você acorda em um dia qualquer...
E é obrigado a esquecer,
Obrigado a ser,
A viver,
E a gostar de tudo isso...

Um certo dia eu acordei,
E vi tudo o que cultivei por anos afundar em um mar de sanidade, um mar de pura realidade cheia de verdade...

É claro...era só um sonho,
Claro, não seria pra sempre,
Obvio eu vou ler o valor econômico todos os dias de manhã.

Logo você só transa com camisinha,
E está bebendo socialmente...
E quem sabe engraxando os sapatos no domingo...

Eu gostava da distancia que havia entre o obvio e presente,
Entre o provável e as vontades,
Entre o certo e o que faz o coração bater.

As pessoas deviam viver nuas...
E com o moralismo enfiado na bunda.
Não gosto de fidelidade,
Mas tive que ser obrigado a não gostar...
O mundo te obriga a ser como seus pais...
“Todo mundo passa por isso”.

Ou pelo menos a ser o que eles dizem ser o mais correto.

Queria uma garrafa de vinho...
Queria poder ligar e pedir conselhos...
Conselhos ao chalise.
Mas não posso.

domingo, 2 de novembro de 2008

Eu escrevi isso quando tinha 18 anos, e eu nem conhecia Bukowski ainda.

Esse texto é de um cara chamado Voutege...caso alguém pergunte.

Algo sobre mim e as pernas dela...

Acordei cedo, tomei um café ascendi um cigarro, o vento da manhã cinza cortava os lábios sem remorso algum.
Eu há vejo descer do ônibus, me olho no espelho, é o melhor que posso fazer.
Não há deixo chamar...abro a porta lhe dou um beijo...Nossas línguas se conhecem bem e o movimento não perde sincronia.

Subimos as escadas, falando sobre nada.
A casa está escura, minha mão deslizando sobre as curvas, sem destino...
Ela cai em minha cama com o olhar fixo, sabe onde isso tudo termina, e parece gostar muito disso.

Eu adorava vê-la nua, com sua pele branca, contrastante com os olhos e os cabelos...
E muitas vezes a cor das unhas.
Ela segura forte os meus cabelos enquanto minha língua lhe toca o lugar favorito...
Meus ombros atrás de suas coxas meio tremulas...Ela puxa meus cabelos com mais força.

Estamos transando...entre suor e gemidos...”Eu te amo” ........
“Eu...e...eu também......e ..te amo”
Seguro forte em seus ombros, eu vou mais forte, ela diz”Mais forte”.

Ela se empurra contra a cama pra tentar fazer com que eu vá mais fundo...
Seu rosto pede...Mais fundo...entre gemidos...mais fundo.
As unhas cravadas em minhas costas recita aos quatro cantos do quarto o quanto tudo aquilo é gostoso.

Estou quase, e por mais que eu queria passar mais uma hora vendo aquele rostinho tomado em luxúria...Não posso mais...Parece que as pernas dela reagem a cada espirrada...Uma, duas, três até quatro vezes...
Um ser humano não poderia gozar mais do que isso...eu acho.

Vou me lavar...volto, ela está dormindo, tomo um café, mais um cigarro...Eu sou o cara mais feliz do mundo.
Eu resolvi ficar em casa ontem...
Pensando que devia conhecer mais gente, me interessar por outras coisas...
Me deixar influenciar por seus gostos e atitudes.
Pois é só o que tenho visto ultimamente...

Pessoas conhecem pessoas, e quase todas as pessoas que mais me importavam no mundo
Seguem os passos de outras pessoas...distante o bastante pra não serem mais tocadas.

Então eu liguei pra algumas pessoas...ou quase todas que seria possível ligar...
- Oi tudo bem?
- Tudo.
- Onde você está?
- Balada.
- A sim, ok, desculpe atrapalhar...um beijo.
Então tentei os telefones mais antigos...

- Oi tudo bem?
- Tudo quem é?
- É o Renato lembra de mim?
- Claro Rê, como e que você está?
- Entediado...
- Ahhh que chato.
- Eu até te convidaria pra fazer algo, mas agora estou com meu namorado...mas semana que vem posso arrumar um tempo só pra nós...pode ser?
- Claro...claro que sim querida...Tchau
É engraçado...

Faz duas semanas que ando no mode Off...
Sem me importar, indo trabalhar cantando, esperando ansiosamente uma promoção...
Pensando na faculdade, sóbrio e muita das vezes sem cigarro.
Não sei até onde isso tudo vai durar, mas nada mais parece certo, nem os meus sentimentos...não sou mais alguém confiável...claro, se é que um dia fui.

Eu queria sentir de novo aquela sensação de ir ao shopping em uma quarta-feira, pra assistir um filme qualquer e voltar pra casa sem sequer lembrar que estive em uma sala de cinema...só lembrando de com quem estive.E de como as pétalas dançavam sobre os sorrisos que deixamos serem vencidos pelos vícios...de ser alguém normal.


Se nós soubéssemos como nossa história acaba, teríamos coragem de ter começado?