sábado, 27 de dezembro de 2008

Será que eu nunca vou mudar?

A regressão...
Mais uma vez destas cinzas...
Não tenho controle sobre meus músculos meus irmãos.
E as veias já não me pertencem.

Por isso deixo o aconchego de teu lar.
Pelo frio que cega da madrugada incerta.
Eu tentei por vezes andar por águas calmas.
Tentei me entregar ao provável e mais correto.

Mas descobri que não tenho gosto pela segurança de tuas paredes.
E nem de teu teto de vidro...Tão igual a qualquer outro teto que tenha me abrigado.
Domingo eu não estarei na mesa do almoço com ninguém.

Eu vou me achar primeiro...e quando isso acontecer...e se isso acontecer...deixo alguém em achar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

As luzes de São Paulo nunca se apagam.

Semana agitada...
Você acorda, com a saliva surrada, com a língua áspera e ainda por cima querendo mais.
Eleanor não conhece os freios.
Corre mais voando por sobre o asfalto machucado.

A vida passa diante dos olhos.
Eleanor não sente mais.
Trocou seu coração.
Trocou com o diabo por um cigarro.

Agora é imortal.

Se você não sente, não sofre, não lamenta...
Não cai.
Está sempre em pé, com os joelhos sangrando, mas em pé.

O importante é estar vivo.
Você estaria disposto a trocar?
A trocar aquela dor no coração, de alguém que se foi, de uma derrota pessoal, de um sonho despedaçado como copo de vidro frágil.
Trocaria pela sensação de um beijo?
Ou pelo sabor da superação.
Pela troca de olhares.

Não sei.
Eu não deixaria de sentir dor se pra isso tivesse que deixar de sentir tudo de bom que se pode sentir.
Eu não acredito na vida.
“Só acredito no semáforo”.
E olhe lá.

Deixa sangrar que eu ainda vou arrancar a casca do machucado e jogar no seu chá das 5.
Foda-se o confortável.
A Augusta não para.A cidade não para.
O copo está cheio, as pessoas dançando estão vazias e eu estou escrevendo isso tudo na minha mente.

O Label, O Daniels, O Passaport, O Old.
Todos eles.
Sem exceção.
Me renderam náuseas, dores de cabeça e um hematoma no pé.
Eu gostaria de dizer que não sei o porque do hematoma no pé.
Mas seria falso de mais dizer que não lembro da briga contra um adversário duro na queda...Um poste na frente do Kilt.

A vida é isso.
Um chute forte no poste na frente do prostíbulo mais caro de São Paulo.
A vida não se explica.
Desculpe Watson...simplesmente sinto.Não faço perguntas.
E nada desse tudo é elementar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quer brigar? Vai ser intenso!

Tudo certo...
Deixa amor que as reticências são amigas
E vão dizer tudo que não posso
Coisas do tipo
Não é ridículo ser inocente, é lindo e perfeito!

Eu sou só mais um pobre de espírito sobre o pedestal, com as minhas experiências,
e auto defesas...Pronto pra me defender e fazer olhar 43 como um seis gritado na cara de quem truca o jogo.

O problema é esse.
O seis.
É a cartilha de sobrevivência...
É o só gostar de quem gosta de mim.
E ignorar a voz que diz que preciso de cada pessoa pra existir.
As que me amam e até as que não o fazem.

Nem sempre o que conta é sair vitorioso de uma briga!

O que conta é fazer com que o único soco que você acertou doa aponto de seu adversário nunca mais pensar em te enfrentar.

Eu preciso de cada um de vocês, inocentes ou não.
Precisando de mim ou não.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

E quem disse que eu quero a vida toda?

Tem uma frase em um filme que o cara diz:
“Todo ser vivo morre sozinho”.

Essa frase nunca teve tanto impacto...
O bom é se debater, sentir a dor, respiração boca a boca, intensa, interminável, incansável.
Sentir o coração voltar a bater.

Mas a solidão, sem ninguém pra lhe segurar as mãos...e dizer que vai passar.

A médica disse:
“Querido você é tão novo, tem a vida toda pela frente...não se detenha.”

É impossível estar nessa situação e não pensar em todos e como tudo tem a sua beleza.
Seu encanto despedaçado tal como retrato, de ultimo beijo impensado,pois dele nem mais lembro.
Tenho vontade de escrever e tomar suco de melancia.
É só o que posso fazer...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Voutege, sempre volta...

Deus escreve sobre linhas tortas,
Com prego em vez de caneta,
Com detergente em vez de tinta,
E claro, ainda por cima é Aramaico.

Eu não entendo nada.
E acho que muitas das vezes você também não.
Mas a sensação que da quando você descobre que não teria
conhecido o mar, se não tivesse andado sobre as pedras, é maravilhosa!

As vezes você questiona...
Se culpa...
E logo vem alguma solução sem sentido.

Não gosto da idéia de que alguém domina meus passos,
E a teoria ainda não tem muito fundamento...
Mas acho que se você pensar dessa forma de alguma maneira
você deixa morfina circular sobre os cortes, e enche a boca sorridente
de xelocaina e morre com a certeza de que tudo vai acabar bem.

Hoje eu vou me pagar uma bebida!