domingo, 13 de março de 2011

Estou certo de que é disso que preciso.

Eu tenho andado de olhos fechados... eu fiz de tudo pra poder ter tempo pra tudo que me importa, eu não quis apenas preencher meu tempo, mas é o que tenho feito, errado e errando de maneira as vezes até consciente.

Eu sempre achei que não houvesse nada que não pudesse fazer, que não pudesse conseguir, lugar onde pudesse entrar e depois sair. Sempre me achei tão capaz de pensar e tornar meu pensamento uma chave pra abrir passagem... Não que me achasse bom em e algo, nunca fui fã de mim mesmo, mas sempre soube sair das fossas em que eu acabava me enfiando.

Eu tive tanta certeza quando ouvi “Heart shaped box” numa fica K7, tanta certeza quanto trabalhei como escravo com 12 anos pra comprar uma bateria e fazer uma banda, certeza que tinha sobre os planos que fiz... A certeza que existia em dois acordes... A certeza que podia me encher de tatuagens e trabalhar para o resto da vida num caixa de mercado do bairro, gordo, careca e com câncer terminal nos pulmões, mas ainda sim estar feliz.

Claro...alguém vai dizer...”não temos certeza de nada nessa vida”... e ainda sim você parece estar absolutamente certo sobre isso....... Mas não espero nada além de contradição desse mundo, ironicamente, o que parecia certeza foi traído, e então nos contradizemos... E não condeno de forma alguma isso...só quero me contradizer... só quero ter alguma certeza pra voltar a me contradizer.

sexta-feira, 4 de março de 2011

“Quem disser que a solidão não planeja seus golpes desconhece-lhe os fins”.

Eu escrevi dois textos sobre coisas que não quero falar... Apaguei ambos... Já me sinto melhor, não quero falar, não quero que falem, não quero pensar nisso. Mas fiz questão de dizer que eles existiram, e ainda não sei bem porque... Acho que é porque de fato existem...Em mim. E aqui não posso apagar, e não posso reescrever nada... Nem escolher as palavras certas. Eu me lembro quando emprestei pra ela a “Valsa de águas vivas” ela me devolveu e disse que não gostava daquilo, eu disse brincando que ela era muito chata... E só tinha pensado que esse disco me fez passar dias no meu quarto ouvindo e lendo as letras que pareciam que tinham uma a uma saídos de mim... Era um dos primeiros encontros... eu devia ter dito que ela podia odiar, tudo que fosse meu, me odiar completamente, mas que por favor me deixasse gostar dela pra sempre.

Mas não posso apagar o que escrevi dentro de mim.

“Quem disser que a solidão não planeja seus golpes desconhece-lhe os fins”.

E essa frase ja fazia sentido antes de tudo... então o que de fato é isso?