domingo, 22 de março de 2009

Eu não me importo com os dedos que me apontam.

Tentei tirar alguma coisa de bom de todas as coisas que tenho feito por fazer...
Eu sinto que poderia escrever sobre qualquer abstrato que me sentisse atraído.
Mas não posso sentir quando me faço de flor artificial.
Esquálida sobre a mesa.
Enfeitando suas conversas.
O que é errado?
Desistência é o atestado que certifico a falta de importância.
Nada é errado.
E nada também é importante.

Esse vazio é o único que ficou quando a noite acabou.
Ao lado da cama...
Querendo deitar-se ao lado.

Te recebo de braços abertos.
Se prometer não ligar no outro dia.

Se prometer não acreditar no que eu disser.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Para você.

Eu prefiro a morte à sinceridade...
Não me protejo.
É melhor acabar.
Julgado.
Empilhando pecados.
Sou o talentoso Ripley.
Convida-me pra entrar.
Logo me chama pra dormir.
Enforco-te enquanto dorme e lhe roubo a pureza da alma.
Pra que justificar?
Dizer ser emoção.
Se só vives de razão.
Colecionando corpos.
Deixando a areia da ampulheta se esvair.
O inferno está para os que não sabem fazer nada além de sentir.

terça-feira, 3 de março de 2009

21 anos longe do mapa.

Meus hematomas...Meus troféus...
Não passo pela vida despercebido.
Não quero entrar na fila,

Eu tenho algo dentro de mim,
E acredito que esse algo só exista aqui.
E ele só sabe ser intenso.
Intensa dança da madrugada acesa do centro.
Intenso vazio da segunda-feira de manhã.
Meus dias são um eterno por do sol.
Entediante, de beleza justificante por importância questionável.

Só desejo o que não tenho.
Só me conforto com a conquista.

Só me queira bem.
Não faça juras alguma.
E não espere que eu seja constante.
Minha orbita espacial não tem rumo, nem planos.
Não sabe aonde vai e nem espera o que vem.

Não troco a poesia, nem o copo de bebida...
Nem o acorde arranhado,
Nem seus olhos apaixonados
Por sonho de vida perfeita e plena.

Amanhã faz 21 anos que não sei dizer por onde estive.