quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu quero viver de pessoas, não de dinheiro.

Entre os corvos te fiz poesia pra recitar de olhos fechados.
Sem medo desta vez nos lábios.
Só verdade conquista perdão.
Os corvos te mantêm pra não morrerem de solidão.
E só isso explica por que estou em coma.
E a tanto tempo não sinto meu corpo arrepiar, ao toque libertino de teu querer mais.
E mais e mais você.
E muito menos eu.
Correndo, na visão só névoa.
Sem direção, e com uma ignorante e inexplicável pressa.
De ver minhas asas de cera derreter.
Mãe, eu gosto mais do chão!
E continuo sem querer ser alguém.
Os vossos sorrisos me bastam.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Vamos ao shopping um dia desses?

Você vai ser um garoto tolo...
Pra se apaixonar por alguém de cabelo colorido...
Pra acreditar no que só você acredita...
Pra se viciar em ser errado.

E quando eu ainda descia a Augusta sorrindo eu só tinha uma dúvida...
Quem será que acende o dia?
Eu queria que sempre fosse noite,
Queria cuidar dela e cumprir todas as minhas promessas.
Abrir mão da minha juventude pra ser o homem da vida dela.

Não levo jeito pra herói.
E talvez já tenha dito isso muitas vezes.
E ninguém tenha ouvido.
Mas tudo o que não sou,
Tudo o que não tenho,
E tudo que é borrão nessa pintura esquálida.
Só te quer bem.

Meu lado mais desumano, o que dança colorindo a sola dos sapatos sobre o sangue dos irmãos... reza toda a noite pra que você seja feliz.
“E que me coloque de ponta cabeça se preciso, pra ver se eu te arrumo alguém melhor que eu”.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu não sei viver melhor que isso.


Quando você nasce tem uma responsabilidade.
De ser alguém.
Não pra você.
Para os seus pais a principio, para a sua namorada, amigos, vizinhos e outros.

Você não tem tempo nem pra pensar no que é tudo isso.
Só se sabe que tem que ser alguém.
Alguém pra frente, saúde, dedicado, incansável e que se preocupe com as pessoas.

Mas ai por motivos que você desconhece embora eu tenha grande sensação de que seja genético, ou sei lá...um espermatozóide revoltado.Você se torna alguém sem motivação, que prefere tudo o que faz mal, que termina tudo o que começa antes de concluir e que desconhece a existência de outras pessoas em seu mundo.

A minha saliva tem a largura do mundo passando entre minhas amídalas.
Sinto que o filme está acabando, o desespero é inevitável, pois não entendi absolutamente nada.E os personagens se mantém, como os trigos que só me mexem quando venta.
Faz muitos meses que não venta.

Não é uma questão de escolha,
Não posso mais fazer nada,
Vou continuar pulando os telhados enquanto tiver movimento em minhas pernas.
Enquanto você espera que eu volte pra casa.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Adeus e boa sorte a um homem que foi alguém muito importante enquanto viveu.

Não existe nada que você possa fazer nessas situações...
Eu só pude escrever.
Chorar talvez.
Mas por entender que um homem as vezes só consegue respeito e admiração depois de sua morte.

Fui surpreendido pela noticia logo cedo.
“Ele morreu soterrado”.
E tudo acaba...
Seus castelos levantados a unha, as paredes pintadas com seu sangue e suor...
Nada mais importa.
Você morre, sem causa, sem legado...

Meus músculos hesitaram qualquer reação.
E pra mim fica a sensação.
De que tudo isso vale muito, muito menos.
Penso em quem vai realmente chorar os próximos anos a perda.
E ninguém explica.
Penso também nas pessoas que não quero ver partir...
E nas que não quero que passem seus dias lamentando minha ausência.

Mande a coroa de flores,
A mais cara,
Pra mostrar o quanto vale alguém
R$ 60,00, R$ 70,00...
Pra mim como sempre, me sobram as migalhas dos meus sentimentos
Da minha falta de preparo...pra aceitar tudo isso.
Meu corpo está aos farelos. Só há silencio.