sábado, 13 de novembro de 2010

Um a um menos 1.

Eu tenho medo de não conseguir acompanhar...
De me ver com um estilo de vida ultrapassado...Ainda bebendo vinho de R$ 5,00 na rua enquanto todos estão financiando um pequeno apartamento e especulando um futuro a dois. Eu tenho muito mais medo disso do que de morrer. Tenho medo de ter cinqüenta anos e perceber que gastei anos de trabalho com guitarras e pedais, caixas e cabos e ninguém lembrar de uma música sequer que eu tenha feito.Tenho medo de só ter ex namoradas que terminaram pelo mesmo motivo, porque amor pra mim é mais uma necessidade fisiológica do que o que deveria ser.
Tenho medo que esse blog tenha 853 textos e nenhum leitor...
Tenho medo que meus pais digam novamente pro resto da família que estou internado por causa de uma pneumonia, só pra evitar o constrangimento.
Tenho medo de me tornar insuportável a qualquer um, de ir trabalhar na segunda-feira sabendo que tudo que poderei fazer em todos os próximos finais de semana é encher a minha cara imbecil, e de álcool e nicotina ir queimando os meus dias um a um...Não pela fidelidade de um a um colados como Wordsworth...
Ainda sim...

7 comentários:

Rodrigo Paoli disse...

ah não fala assim..

eu leio teu blog.

Pedro Sobreira Bezerra disse...

Bom acho que planejar demora muito, prefiro viver cada dia em doses homeopáticas
E se for bebendo o que me faz sentir bem, será assim que viverei.
E e já são dois que lêem o seu blog...........hehe
Ah e aliás gosto das suas músicas...

RENATA CORDEIRO disse...

Não tenha medo. Três te leram e uma se comoveu. Gosto de sinceridade.
Um beijo.

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).


O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.


A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.


Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.


Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.


A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.

Do Amor - Hermann Hesse

Renata
PS: No meu blog, vc perguntou se era o Edward Norton. É ele sim.
Bom Feriado (besta). Apareça sempre.

Anônimo disse...

Eu realmente não lembro como vim parar aqui, ha!
Ah, cara, cê começa falando que tem medo de não conseguir acompanhar mas os outros pontos parecem se resumir em querer ser acompanhado.
Quem sou pra dizer alguma coisa, mas não pense muito nas divagações alheias, talvez ajude. Não se encaixar é até bom, mas até essa falta de encaixe é um padrão. Há coisas que a gente realmente deve seguir.

geente, quê que foi que eu falei?

Rodrigo Paoli disse...

acho que isso é um golpe de marketing para promover comentários no seu blog.

espertinho, você.

isto é uma cilada, bino.

Anônimo disse...

Nem é estanho :D

Cê trampa com guitarras?

Anônimo disse...

eu também.