sábado, 19 de junho de 2010

Até logo e boa noite. (Título? Helena sabe que nunca é só um título)

Eu queria perguntar, “lembra que eu disse que iria mudar?”
E depois de um silencio com ar de esquecimento responder...
“Pois é, eu mudei!”
Mas não posso...
Não posso nem falar com ela sem que ela pensasse que estou bêbado, drogado ou algo assim...
Não posso dizer que sinto muito a falta dela sem que ela se afaste com medo de eu voltar a rastejar em tempo integral atrás do seu amor.
Acho que fiz minha fama.
Depressivo, viciado e derrotado.
Eu sempre disse que sou um mentiroso.
Mas acho que sou muito verdadeiro, minhas atitudes sabe? Eu to sempre agindo conforme o que sinto, o que as vezes é ruim, visto minha fama...
Queria evitar esse gelo que da no estomago quando ouço falar dela, ou a sensação que tem algo cinco vezes maior que meu punho tentando passar pela garganta pra fugir pela boca.
E tem também a idéia de que mesmo que consiga tudo o que sempre quis, mesmo que fosse perfeito, estaria faltando uma peça, uma peça com um nome, um endereço e um sorriso que me faz, mais do que essa palavra pode te fazer entender, sentir e ficar bem por mim, FELIZ.
O egoísmo perfeito é te querer por perto, me entristecer com sua felicidade, com o sorriso sincero de um amor encontrado, o reflexo medusa, que escarra na minha cara que mesmo depois de tanto tempo não tive nem coragem de sair de casa pra encontrar o meu amor.
Eu me vejo no espelho, cada vez mais distante, mais fraco, e sem porque se torna ainda mais difícil.
A verdade é que faz tempo que espero o mundo dar notícias sobre revolução, e mesmo tendo certeza que ninguém virá, me falta coragem pra fazer acontecer, como me falta coragem pra quase tudo que me disponho a sonhar.
Eu penso naquele instrumental de “i still got you face” (tem outro nome, mas gosto mais desse) do The Cult, e é como se os violinos falassem, “tudo está queimando, acabando, e você vai ficar pra se foder sozinho, afinal, é o que você sempre fez por merecer.”
Violino sincero, como o espelho, como ela e principalmente como eu, que concordo com tudo, infelizmente, com tudo.

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