domingo, 12 de setembro de 2010

O lote perfeito.


Na TV eles estão elegendo como as melhores bandas de rock do ano, bandas que não tocam rock. Domingo aperta o coração tão forte que foge por seus dedos intangíveis.
Na mesa do jantar se fala sobre a comida, a mesma do meio dia, seguido de uma análise minuciosa da sobre mesa.
O resto do mundo faz exatamente tudo pra se chamar de resto do mundo, cuidam das suas vidas, da saúde, do afetivo, do financeiro, um fluxo... tão natural quanto aquele balanço do barco no mar que causa náuseas.

Eu juro que tento, mas não encontro um lugar onde me encaixo, de forma natural, nem por uma faísca de segundo.
São ambições que não consigo ter, sentimento que nunca consegui ter, e todo dia eu continuo tentando, quando eu digo “vamos, vai ser legal”, ou “eu vou mudar”, eu só queria que soubessem que não tenho um pingo de fé, nem de esperança, não aqui, não nesse lugar, onde tudo para de funcionar, e o ditado mais religiosamente seguido é “A ocasião faz o ladrão”, ou da minha caixinha de frases na mente, “Tudo tão circunstancial”, o amor que se adapta as limitações de quem ama, os problemas que crio pra ter que criar soluções.

Eu peço um perdão sincero, não sinto prazer em forjar, é só meu direito de tentar me igualar, de ficar bem como todos que não perderam seu tempo precioso pra escrever o que sentem.
A vida é vivida e não escrita, certo?
Então acho que preciso melhorar muito minha atuação...
Da um gole, um sorriso.
Da um trago, um sorriso.
Da um beijo, um sorriso seguido do abrir propositalmente vagaroso dos olhos.
Felicidade... é a pretensão atrás de tudo que se pretende.
Então devo ser feliz já que nada pretendo.

Um comentário:

Anônimo disse...

sorrir já vale a vida!