quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quando dois mais dois é cinco e ainda sim parece ser tão normal...

Uma nova religião...
Um novo amor...
Um novo carro...
Uma nova profissão...
Uma nova casa...
Pra tudo que se foi tudo também é novo...O velho trabalho tem um novo funcionário, o velho amor tem um novo amor, pra velha casa um novo inquilino e até o carro velho é chamado de “novo” por alguém orgulhoso. De abstrato a ácido oxidado... É só poeira que some no vento do tempo, não significa nada... é só ciclo, com a naturalidade que se enterra os corpos das pessoas e as visita anualmente num feriado. Naturalidade... Não há nada entre terrorismo, catástrofes naturais, epidemias, estupros ...guerras... que possa contrariar isso... é manchete pra jornais, assunto pra café de empresa, fórum de debate intelectual e estudantil, é motivo pra rezas e orações, motivo de revolta e pra alguns, inspiração pra outros... E você vive o suficiente pra reagir mal a tudo isso no primeiro momento, e voltar a se ocupar com qualquer outra coisa depois... com naturalidade... o lema é “a vida continua” eu lamento muito por isso, por jornais sensacionalistas, por feriados pra juntar família separada, pela importância que damos as coisas que valem bem menos que nós mesmos, pela raiva que da daquelas pessoas que aparecem no programa evangélico com um sorriso tipo Joker, enfiado na cara com uma faca, porque se nessa terra sem lei tudo é tão controlado a ponto de todos nós insetos agirmos uniformemente... como deve ser o céu e o inferno?
Se tudo isso não fosse assim...
“Eu seria o apanhador no campo de centeio, as crianças brincariam no campo, e eu apenas estaria ali, próximo ao abismo, pra apanha-las e devolve-las ao campo... eu seria o apanhador no campo de centeio.”

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu seria o apresentador do programa evangélico.