segunda-feira, 30 de maio de 2011

Por autodestruição eu lutei e ainda bem... eu perdi!

Eu acho que as vezes até o Diabo teme o sentimento humano...

Eu vi o que eu próprio escrevi em cadernos velhos, e pareciam bem mais profundos que essa poça que esconde meus calcanhares, como sobreviver no raso? Se inocente busquei a superfície...se arrependido sinto saudades da visão embaçada, do sal e da vida que existia, no fundo duma empatia que qualquer jovem possui, mesmo um aspirante a errante profissional, mesmo eu que sempre achei que seria Peter Pan muito mais herói que o Superman. A intensidade não é mais pra mim um buraco que nunca se chega ao fim, e que nunca se soube que jamais teria um fim, então só se esperava, enquanto caia, com o peso de uma responsabilidade totalmente ignorada amarrada aos joelhos... Responsabilidade pesada de ser, o que jurava ter nascido pra combater, mas os vermelhos nunca existiram... e você acorda...como o amigo oculto, ameaçando a você mesmo, porque no final, só foi você mesmo, e uma história inventada, de personagens idealizados, de amigos imaginários, de cenário removido e iluminação fraca, num vazio escondido na percussão do taco do palco e o sapato, acho que pela primeira vez em alguns anos não tenho nada pra me queixar, porque assim como tudo que foi dito, assim como corte, sangue e dor, naturalmente como nasce, desenvolve e morre, isso é exatamente o que posso chamar de normal.

Um comentário:

Anônimo disse...

daí que esses cadernos ficam guardados esperando a leitura de um filho seu, ou de alguém que vai morar na sua casa. depois de lidos infeccionam os outros também.