segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

As luzes de São Paulo nunca se apagam.

Semana agitada...
Você acorda, com a saliva surrada, com a língua áspera e ainda por cima querendo mais.
Eleanor não conhece os freios.
Corre mais voando por sobre o asfalto machucado.

A vida passa diante dos olhos.
Eleanor não sente mais.
Trocou seu coração.
Trocou com o diabo por um cigarro.

Agora é imortal.

Se você não sente, não sofre, não lamenta...
Não cai.
Está sempre em pé, com os joelhos sangrando, mas em pé.

O importante é estar vivo.
Você estaria disposto a trocar?
A trocar aquela dor no coração, de alguém que se foi, de uma derrota pessoal, de um sonho despedaçado como copo de vidro frágil.
Trocaria pela sensação de um beijo?
Ou pelo sabor da superação.
Pela troca de olhares.

Não sei.
Eu não deixaria de sentir dor se pra isso tivesse que deixar de sentir tudo de bom que se pode sentir.
Eu não acredito na vida.
“Só acredito no semáforo”.
E olhe lá.

Deixa sangrar que eu ainda vou arrancar a casca do machucado e jogar no seu chá das 5.
Foda-se o confortável.
A Augusta não para.A cidade não para.
O copo está cheio, as pessoas dançando estão vazias e eu estou escrevendo isso tudo na minha mente.

O Label, O Daniels, O Passaport, O Old.
Todos eles.
Sem exceção.
Me renderam náuseas, dores de cabeça e um hematoma no pé.
Eu gostaria de dizer que não sei o porque do hematoma no pé.
Mas seria falso de mais dizer que não lembro da briga contra um adversário duro na queda...Um poste na frente do Kilt.

A vida é isso.
Um chute forte no poste na frente do prostíbulo mais caro de São Paulo.
A vida não se explica.
Desculpe Watson...simplesmente sinto.Não faço perguntas.
E nada desse tudo é elementar.

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