quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verdade vazia ou deixa como está?


Ultimamente tenho assistido a muitos filmes com final feliz.
Tem um personagem principal, que tem vivido de maneira vazia, tem hábitos de alugar
filmes e contar os carros pela janela do quarto.
Ele tem essa consciência, sabe que está cada dia mais longe de alguma coisa que deseje realmente, ou chame pela pseudônima felicidade.

Esse personagem sabe que perdeu muito por viver de maneira tão monótona.
Mas não teve ninguém que conseguisse convencê-lo de que mudar de vida poderia ser a maneira de mudar as coisas, e nem por forças próprias ele conseguiria.

Quando o filme muda de direção levando a atenção do espectador.

Por qualquer motivo ele muda seus hábitos, passa a ser visto de maneira diferente por todos (de maneira melhor), reconquista tudo o que perdeu ao longo dos anos, ou pelo menos reconquista tudo o que quis reconquistar.

Todas as suas teorias de como “viver a vida” não existem mais.
Sem barreiras, sem estigmas, sem hesitar quando existir uma oportunidade de conseguir qualquer coisa.

Ai você olha pra você mesmo, vê algo de que com certeza estaria disposto a mudar, se acreditasse em final feliz. Se não soubesse que o erro não está na suas práticas, mas sim no perdedor que as tem praticado.
Eu queria um beijo no final, queria poder fechar os olhos, viver o momento, me entregar o máximo possível, aceitar que eu estava errado, que o amor existe, que não tem prazo de validade que me aceita e que eu ainda sim o aceito sem pensar nas futuras conseqüências disso.

Gostaria que minhas teorias fossem todas falidas,
Assim eu saberia o que buscar,

Gostaria de não ter a certeza, que as pessoas sempre agem da maneira mais confortável possível, que elas sempre pensam estatisticamente, pensam nas probabilidades, pra daí se decidirem.
Eu queria isso pra mim.
Queria não deixar a minha alma se sobrepor ao meu cérebro.
Queria a razão, por que a emoção já me espancou de mais.

Queria não achar que existe uma fonte pra curar as dores, que ela tem nome, ou tem rodas, ou paga bem.

Não tem nada no meu passado, não tem nada no meu presente,
Que vai resistir ao meu futuro...

Eu sei que abraços nunca curaram o eco das batidas do meu coração...
Eu sei que possuir, conquistar, tomar pra mim nunca me mantiveram por muito tempo...
E eu só não sei por que às vezes acredito que vai ser diferente.

Eu tomaria mil vezes a pílula azul...
Se ela fizesse efeito a esses olhos incrédulos, ou esse paladar apurado que sente o mesmo sabor em qualquer degustação.

Eu não quero um céu pintado na tampa por dentro do meu caixão.
Se ele não existir, deixa assim, cor pálida de madeira velha, cheiro de terra, silencio, vazio, como sempre foi.

Um comentário:

Anônimo disse...

e mesmo depois de algum tempo sem se falar e até mesmo anos depois de escrever isso... essas palavras "confortam" alguém ... até logo, watson.