domingo, 29 de novembro de 2009

Faz um pedido.

Como pode ainda me oprimir o peito como papel que amassa?
Me empresta a frese Baudelaire, eu não saberia explicar melhor...
É tão covarde essas esperanças que nascem no canto do quintal, elas sempre estão lá, me mantendo e eu mal percebo que tenho desperdiçado meus dias...
Um a um, na tentativa vil de um amor retalhado.

Queria poder ter te conhecido quando era uma criança.
E sem vaidade eu seria perfeito, eu te chamaria pra sair e não me sentiria um imbecil, e não sentiria que sou ridicularizado por todos de todos os lados.
Sei que é impossível acreditar em minhas palavras, mas fecha os olhos, esquece por um instante que sou eu, aquele que não é aceito por todos que te cercam, esquece que sou estatisticamente falível, extremamente impreciso, e principalmente esquece que lhe fiz por tantas vezes chorar.

Só deixa esse beijo te provar que meus lábios são incapazes de mentir aos teus, e somente aos teus, porque procurei sem saber o que, vivi sem saber pra que e não venci nada porque eu só me recusei... E não há nada lá fora, não há nada quando eu escapo entre seus braços.
E só neste infinito espaço me desfaço, como estrela cadente que corta o céu e desaparece, meu presente, pra te ver feliz e fazer um pedido, de que seja eterno o momento de mãos dadas com alguém.

Um comentário:

Rodrigo Paoli disse...

nossa.

fiquei até meio constrangido agora...
muito intenso.

agora, relaxa cara!
pro resto da vida todo mundo vai te ridicularizar e te chamar de imbecil. C'est La Vie.