sábado, 1 de maio de 2010

Matemática eterna para os eternos principiantes.


Eu ando pelas ruas com o coração cheio de Napalm.
Iggy Pop disse isso, eu gostaria muito de ter escrito, é uma sensação tão repetida quando dormir e acordar.

Porque às vezes você trabalha 19 horas em um dia, porque às vezes você bebe tanto que no outro dia parece que não tem mais saliva, e na seqüência disso o que sobra?
Sobra você andando pela rua, pensando nas impossibilidades, nos motivos, nas pessoas, sempre nesses momentos eu sinto como se eu estivesse numa sala de aula, vazia e branca, com um quadro negro interminável que passa por todas as quatro paredes, ali estou, fazendo contas, com variações, resultados duplos com variações percentuais para mais ou para menos, com raízes negativas elevadas a números negativos, abro parênteses “Impossibilidade possível”, depois do delta começa mais uma conta, e cada resultado puxa outra equação...e outra...e mais uma.

Nunca há um resultado que me deixe claro se tudo isso vale ou não apena.

Só sei que perdi muita coisa por achar que tudo não passa de algo passageiro, solúvel e incerto.

Só sei que deixo de conseguir muito porque estimo mais contas a se fazer e a nunca se terminar.

Viciei em viver meus dias em contagem regressiva, até o dia que aprender não contar mais, ou simplesmente não puder mais quando chegar ao zero.


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